A jovem cineasta angolana Irene Ámosi venceu a 3.ª edição do São Tomé Film Lab com o projeto de curta-metragem “Kilui”, uma obra que propõe uma reflexão sobre questões ligadas à língua portuguesa.
O laboratório de cinema decorreu entre os dias 28 de setembro e 2 de outubro, na Roça São João, em São Tomé e Príncipe, reunindo sete projetos de jovens cineastas oriundos de diferentes países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Irene Ámosi afirmou que o projeto “Kilui” surge da necessidade de representar a complexidade do uso da língua portuguesa no contexto dos PALOPs.
O segundo prémio foi atribuído ao cineasta equato-guineense Russo Nnandong, com o projeto “Mon Ami”. Russo Nnandong considerou “muito produtiva” a experiência vivida em São Tomé.
“Nós somos parte da CPLP e para nós essa conquista é algo muito grande”, afirmou.

O São Tomé Film Lab é uma plataforma dedicada ao desenvolvimento de novos talentos do cinema e audiovisual no espaço lusófono, promovendo o encontro, a partilha de experiências e o fortalecimento das redes de colaboração entre jovens cineastas da CPLP.

“O balanço foi bastante positivo, porque nós conseguimos atingir o objetivo de ajudá-los a trabalhar e melhorar mais nos seus projetos e achamos que eles estão prontos neste momento para passar à fase seguinte que é ir atrás de financiamento”, afirmou a diretora do evento, Kátia Aragão, sublinhando que todos os projetos “serão acompanhados, independentemente de terem vencido ou não”.