Uma delegação do MLSTP liderada pelo presidente do partido, Américo Barros, visitou o Hospital Central destacou a boa higienização dos serviços assim como a resiliência dos profissionais, mas alertou ao Governo solucionar falta de profissionais e medicamentos.
Em declarações à imprensa no final da visita, Américo Barros sublinhou que “houve uma ótima receção” e “uma abertura total” por parte da direção do hospital para que a comitiva do MLSTP pudesse visitar diversas unidades e serviços do hospital central Ayres de Menezes, permitindo ao partido tomar constato com a realidade, fazer o diagnóstico e apresentar “propostas de resolução ou de superação dos problemas todos”.
“Não obstante ainda muita coisa [que há] por fazer (algumas preocupações), é um balanço positivo. Positivo porque há abertura e também a higienização que nós constatámos em todos os departamentos que nós visitámos”, disse Américo Barros.
No entanto, o líder do MLSTP apontou “algumas notas de ressalva”, nomeadamente “o número de profissionais que não está adequado ao nível de exigências, ou seja, de utentes que dão entrada” no hospital.
“Por exemplo, a maternidade, nós temos o caso de 4 ou 5 enfermeiras para atender 40 a 70 pacientes em função do dia ou em função das entradas que se dá diariamente. E, para nós, esta constitui uma preocupação muito grande e há que se resolver”, disse.
Américo Barros instou o Governo a “arranjar incentivos de forma a evitar a fuga de profissionais de saúde”, realçando que “um dos motivos de descontentamento ou desmotivação dos profissionais de saúde tem a ver com a remuneração praticada”.
“A classe de saúde e a classe docente, que posteriormente falaremos, são duas classes que são importantes para o nosso país e daí merecem uma atenção especial. E nós temos mesmo é que dar muita força e coragem aos profissionais de saúde e dizê-los para continuar assim, tendo em conta que, o que nós constatamos, os nossos profissionais, de vez em quando, fazem milagre para poder atender, obviamente, os pacientes e deixar os serviços mais ou menos equilibrados, como podemos constatar”, pontuou Américo Barros.
O presidente do MLSTP destacou ainda “uma preocupação muito grande”, apontando que “há uma falta grande de medicamentos nos hospitais”.
“O governo tinha prometido uma rubrica no Orçamento Geral do Estado para fazer face ao stock imediato dos medicamentos, mas o que nós constatamos em loco não é isto. Isto não está a acontecer, portanto, nós apelamos ao governo que mais rapidamente faça a aquisição de medicamentos para o hospital”, declarou o líder da oposição.
