O MLSTP exigiu esclarecimento ao Governo sobre três geradores da Emae que terão sido entregues à uma empresa privada, sem os devidos esclarecimentos públicos, nomeadamente se foram vendidos ou doados, defendendo ainda eliminação de taxas de electricidade que entram em vigor em janeiro.
Segundo o líder do MLSTP, tratam-se de dois geradores da central de Bobo Fôro e um da central da EMAE.
“O Estado pega os geradores, entrega ao privado, o privado pega o gerador, repara o gerador e depois vende energia ao Estado. Isso não é permissível. Isto tem um nome”, alertou Américo Barros.
O presidente do MLSTP também posicionou-se contra as tarifas que foram criadas a partir de janeiro de 2025 tendo como justificativa, o contrato que se tinha com a Tesla.
“Tendo em conta que o governo rompeu o contrato com a Tesla, então o MLSTP apela ao governo a eliminação dessas tarifas, porque essas tarifas estão fixadas até 2030. E, sendo até 2030 numa média de 20%, quem paga 500 dobras hoje, daqui a 2030 irá pagar 1250 dobras. Portanto, nós, o MLSTP, se isto não for resolvido, em 2026 nós eliminaremos essas taxas”, declarou.
Por outro lado, Américo Barros disse que o MLSTP também está preocupado com a central hidroelétrica do contador, adiantando que “há indícios ou há vozes, informações, que dizem que esta central está para ser privatizada”.
“É, mais uma vez, o Estado pegar aquilo que é público, vender para o privado, e o privado depois pega e vende energia ao Estado. E nós queremos avançar desde já ao governo, alertar o governo para não seguir neste ritmo, porque o MLSTP depois vai acionar os mecanismos próprios para poder pôr cobro a este tipo de situação”, declarou.
O líder do MLSTP também quer esclarecimento sobre alguns incidentes que ocorreram ao nível da aviação, alegando que a direção da Enasa recusou uma visita do partido a esta instituição.
“A primeira tem a ver com um tumulto criado por três são-tomenses no voo do STP-Airways, que vinha para São Tomé, na qual, pelo fato de ingerirem bebidas alcoólicas, criaram um tumulto”, apontou.
“O mais grave tem a ver com o porte da arma de fogo no interior da aeronave da TAP. Portanto, isso constitui uma situação muito, mais muito grave e nós o que tínhamos a dizer relativamente a isto é que, independentemente de o governo já ter, obviamente, avançado com a suspensão de um segurança, isso não deve ficar apenas ao nível de segurança, isso tem que ficar ao nível dos superiores, que depois de uma investigação, se for justificada, eles devem ser mesmo exonerados, porque a questão de segurança é fundamental”, defendeu Américo Ramos.
“O país está na lista negra, estamos a lutar para tirar o país da lista negra e, portanto, o porte de armas no interior do avião, não só constitui o perigo para a vida dos passageiros, como também coloca em causa a segurança nacional do nosso aeroporto”, sublinhou.
