O primeiro-ministro, Américo Ramos, reafirmou o compromisso do seu Governo em encontrar soluções sustentáveis para os principais desafios do país, nomeadamente nos setores da energia, água e infraestruturas, sem agravar o peso financeiro sobre a população.
Segundo o chefe do Governo, a prioridade é responder às necessidades do povo “de forma responsável e equilibrada”, evitando acordos que possam gerar dívidas insustentáveis.
“Nós não podemos engajar em contratos que se transformam em fardos para a população São Tomé e Príncipe”, sublinhou.
Américo Ramos recordou que o país já enfrenta uma dívida significativa relacionada com o acordo assinado em 2023 com a Tesla STP, que ultrapassa 12 milhões de euros. O chefe do executivo, explicou, que está em processo de negociação para reduzir o valor, que considera “insustentável”.
“É a população são-tomense que vai ter de pagar essa dívida. Daí que, toda a solução que vamos encontrar é no sentido de fornecer energia, fornecer água, mas, de forma sustentada”, frisou.
O primeiro-ministro destacou ainda os esforços em curso para reforçar a capacidade energética do país, através de parcerias internacionais e apoio técnico estrangeiro, em colaboração com a EMAE (Empresa de Água e Eletricidade).
“A EMAE não dispõe de recursos para ir buscar geradores novos, encontrarmos formas de um parceiro financiar e dar-nos alguns geradores de segunda mão, temos que reconhecer e nós estamos a fazer as devidas intervenções”, afirmou, acrescentando que técnicos estrangeiros e nacionais estão a trabalhar “arduamente” para encontrar uma solução temporária até à implementação do plano da transição energética.
Américo Ramos sublinhou ainda que o Governo mantém colaboração com o Banco Mundial, o BAD e outros parceiros de desenvolvimento, no sentido de encontrar soluções para a energia de São Tomé e Príncipe.
“Não podemos trazer o fardo para a população são-tomense, porque nós sabemos que já temos várias necessidades e não podemos reorientar o recurso que é escasso só para um problema que nós podemos arranjar outra solução”, destacou.
O chefe do executivo são-tomense reafirmou que a sua preocupação é encontrar “soluções sustentáveis para a população são-tomense”.
“Eu ando à procura de solução, principalmente donativos, porque eu não posso ir à busca de soluções que transformem em fardos para a população são-tomense, então, toda a minha deslocação, toda a minha tentativa é encontrar parceiros, amigos que nos tragam uma solução em forma de donativo e que não traduza em tirar aquilo que nós podemos entregar, como a educação, a saúde, a infraestrutura, estradas e pagar energia. Elas são necessárias, mas nós temos que arranjar solução sustentada”, concluiu.