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“Todo o sistema salarial já está carregado com um novo ajuste salarial e é para acontecer este mês”

Gareth Guadalupe-governo

O ministro da Economia e Finanças são-tomense garantiu hoje que “todo o sistema salarial já está carregado com um novo ajuste salarial” e o aumento da salário mínimo, e sublinhou que será implementado este mês como previsto, acusando a Assembleia Nacional de querer atrasar o processo ao não agendar a aprovação da lei para a sessão plenária prevista para sexta-feira.

“É para ser concretizado este mês e vai ser pago neste mês de outubro, conforme nós já tínhamos prometido. Nós não vamos desviar dos nossos objetivos”, garantiu Gareth Guadalupe, em resposta à RSTP, antes de participar numa reunião do Conselho Superior de Defesa Nacional, convocada pelo Presidente da República, Carlos Vila Nova.

“Há muita gente com vontade que isso não aconteça este mês, está a espalhar muitas desinformações, há muita gente que não está interessada que esse país dê passos, há muita gente que não está interessada em que haja um clima de harmonia e isso tudo tem estado a criar aqui um clima para poder desgastar a população”, acrescentou o governante.

Em 06 de outubro, o ministro das Finanças anunciou o aumento do salário mínimo da função pública de 100 para 120 euros e garantiu melhoria de rendimentos para todas as categorias, assegurando que a lei será votada pelo parlamento ainda este mês.

No entanto, o parlamento são-tomense agendou uma sessão plenária para sexta-feira, sem incluir a discussão da lei de ajuste salarial e do salário mínimo na ordem do dia.

Fontes do parlamento disseram à RSTP que após o Governo submeter o documento, houve necessidade de correções, e após isso não restava tempo suficiente para que o documento fosse analisado pela comissão especializada, e depois ser submetida para a discussão e aprovação na generalidade e na especialidade e final global, e ser posteriormente submetida para a promulgação pelo Presidente da República.

No entanto, o ministro das Finanças disse hoje que o Governo entregou os documentos no dia 14, a Assembleia só respondeu no dia 22, pedindo para corrigir algumas coisas, o que assegurou que foi feito de imediato.

Gareth Guadalupe sublinhou que a Assembleia e as comissões tiveram tempo suficiente para trabalhar na matéria porque trata-se de um “objetivo maior”.

“Assembleia existe para trabalhar, a Assembleia não existe para criar problemas […] eu não posso dizer que existe claramente um bloqueio da parte da Assembleia, mas o que eu estou a dizer é que houve e há tempo material suficiente para que isso pudesse entrar na próxima reunião de sessão plenária que só terá lugar no dia 31 de outubro”, sublinhou.

Gareth Guadalupe assegurou que “todo o sistema salarial já está carregado com um novo ajuste salarial e é para acontecer este mês”.

O atual Governo são-tomense foi empossado em janeiro, após o Presidente da República, Carlos Vila Nova, ter demitido o então primeiro-ministro, Patrice Trovoada, e ter escolhido para o cargo Américo Ramos, contra a indicação da direção do partido Ação Democrática Independente (ADI) que detém a maioria absoluta no parlamento.

Desde então, a direção da ADI, que inclui o ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada e a atual presidente do Parlamento e primeira vice-presidente do partido, Celmira Sacramento, demarcou-se das ações do Governo, contrariando publicamente algumas ações, que têm sido apoiadas por outra ala que inclui o primeiro-ministro Américo Ramos, o segundo vice-presidente do partido Orlando da Mata e alguns membros do Governo, nomeadamente o ministro das Finanças, Gareth Guadalupe.

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