O Sindicato dos Jornalistas São-tomenses suspendeu hoje a greve que paralisou os trabalhos nos órgãos de imprensa estatal desde quarta-feira, segundo o memorando a que a RSTP, teve acesso que define compromissos de transparência na gestão da Taxa Audiovisual e melhorias de condições de trabalho.
Segundo o documento assinado pela direção do sindicato e o primeiro-ministro, Américo Ramos, que tutela diretamente os órgãos públicos de comunicação social, o Governo comprometeu-se, no prazo de sete dias, a proceder à abertura de uma conta bancária específica às receitas das taxas audiovisual cobradas pela Empresa de Água e Eletricidade (EMAE) à comunicação social para efeito de gestão transparente das receitas e despesas do setor.
As partes acordaram ainda que, no prazo de 30 dias, a EMAE deverá fornecer ao Sindicato informações sobre o número total de clientes, o número daqueles que pagam a taxa audiovisual e os respetivos escalões.
O acordo define que, enquanto a EMAE não fornecer as informações, deverá continuar a depositar 600 mil dobras (cerca de 24.324 euros) mensalmente na nova conta da taxa audiovisual a criar.
O Governo assumiu ainda a responsabilidade de efetivar a promoção dos profissionais dos órgão estatais, bem como melhorar as condições de trabalho no quadro da reforma da comunicação social pública em 2026.
Na quinta-feira, a Assembleia Nacional são-tomense anunciou que cancelou uma sessão plenária prevista para hoje devido à greve dos jornalistas e técnicos da comunicação social que paralisou os serviços da Televisão Santomense (TVS), Rádio Nacional e a Agência de Notícias STP-Press.
Na quarta-feira, a porta-voz Sindicato dos Jornalistas Santomenses (SJS), Fernanda Costa Alegre, disse que a paralisação foi motivada pelo incumprimento do Governo das exigências apresentadas num caderno reivindicativo submetido em setembro, mas que, apesar da assinatura de um memorando de entendimento, não foi cumprido integralmente.
Segundo a sindicalista, o ponto central que motivou a greve foi a alegada falta de transparência na gestão da taxa audiovisual paga pelos cidadãos através das faturas cobradas pela EMAE.
 
											
 
                                            
                      
                      
                      
                     
													
																							 
						 
					 
						 
					 
						 
					 
													 
													 
													 
													 
													 
													