O Governo Regional iniciou um ciclo de audições com os partidos políticos representados na Assembleia Regional, com o objetivo de recolher contributos e propostas para a elaboração do Orçamento Regional e das Grandes Opções do Plano (GOP) para o ano económico de 2026.
“Como tem sido a praxe, o governo tem feito todo um processo, no se tido da promoção do orçamento e todo trabalho para que a partir do próximo ano, o ano económico 2026, nós possamos ter o nosso orçamento devidamente aprovado e implementado a partir do mês de janeiro”, disse o secretário-geral da UMPP.
“No que tange as grandes linhas de orientações do orçamento, entendemos que para a promoção do emprego no Príncipe, é preciso realmente que o Estado promova ações de investimentos”, acrescentou.
O processo de auscultação insere-se na política de governação participativa e diálogo institucional promovida pelo executivo regional, que pretende garantir que o próximo orçamento reflita as prioridades de desenvolvimento local, bem como as necessidades sociais e económicas das comunidades.
“Com relação ao Governo central, a última discussão que nós tivemos do orçamento, foi uma discussão dura em que nós exigimos que Príncipe não pode continuar a ficar em 1%, 1,4% ou 1,5 do Orçamento Geral do Estado. Estamos cansados disso, temos que mudar o cenário. Príncipe precisa de mais e tem que ter mais, e é nessa perspetiva que nós entendemos que devemos continuar num bloco conjunto a defender esses interesses do Príncipe, e chamar atenção do Governo central que Príncipe não é parte do território nacional, Príncipe é território nacional”, defendeu o deputado da bancada parlamentar do MLSTP, Conceição Moreno.
Neste contexto foram abordadas várias questões relacionadas às execuções e as despesas dos investimentos realizados ao longos dos anos.
“Fizemos uma análise geral do quadro daquilo que é o Príncipe e nesta análise geral falamos bastante sobre as questões de despesas e investimentos, e é verdade que é preciso que a nível do Príncipe, comecemos a ser mais rígidos em termos de execução de despesas”, frisou o deputado.
“Temos de mudar o cenário, temos de reduzir as despesas públicas e temos de aumentar o investimento público na medida de diversificação da atividade económica e que cria condições de base para que haja abertura para empregabilidade, empreendedorismo, um conjunto de ações que nos faz reduzir, em relação à dependência de empregabilidade em detrimento de algumas empresas ou qualquer outro parceiro do Governo Regional”, completou.
As infraestruturas, a saúde e a educação foram os pontos essenciais neste encontro de apresentação do Orçamento Regional e as Grandes Opções do Plano económico para o ano 2026.
“Há uma perspetiva muito grande, sobretudo para o próximo ano. E esse gesto do Governo Regional em convocar todos os partidos, isso denota alguma democraticidade, abertura política que o Governo Regional tem, em relação à gestão, daquilo que são coisas públicas aqui a região”, frisou o deputado do MCI/PS/PUN, António Tebús.
