BCSTP acolhe primeiro Fórum de Sustentabilidade dos Bancos Centrais da CPLP

O encontro reuniu representantes dos bancos centrais da CPLP, membros do Governo, entidades públicas e privadas, bem como organizações da sociedade civil.

Economia -
Rádio Somos Todos Primos

O Banco Central de São Tomé e Príncipe acolheu na terça-feira, a abertura do primeiro Fórum de Sustentabilidade dos Bancos Centrais dos Países de Língua Portuguesa, que promoveu a reflexão sobre o papel das instituições financeiras e dos agentes económicos na promoção de um modelo de desenvolvimento sustentável.

O evento que decorreu sob o lema “Variável Clima: o Novo Normal”, visou destacar a importância de integrar a sustentabilidade nas políticas económicas e financeiras, sobretudo em pequenos Estados insulares, como São Tomé e Príncipe, que enfrentam vulnerabilidades acrescidas aos impactos climáticos.

Importa contextualizar que em 2024, o Banco Central enquanto o promotor da criação do Fórum de Sustentabilidade dos Bancos Centrais da CPLP, decidiu acolher a sua primeira edição. Num contexto em que as alterações climáticas são uma constante, apresentando-se como uma variável estrutural da economia global, inauguramos o novo espaço de debate que nasce de uma certeza comum”, disse a vice-governadora do BCSTP, Laura Beirão.

O encontro serviu também como um espaço de debate e partilha de experiências sobre os desafios que as alterações climáticas colocam à estabilidade macroeconómica, à resiliência financeira e ao bem-estar das populações.

O tema deste fórum, traduz o imperativo de os bancos centrais incorporarem os riscos físicos e de transição nas suas decisões enquanto garantes da estabilidade dos preços e da estabilidade financeira. O equilíbrio macroeconómico é hoje indissociável do equilíbrio socioambiental”, assegurou a vice-governadora do Banco Central de STP.

As alterações climáticas afetam a inflação, a segurança alimentar, o comercio, a estabilidade do sistema financeiro e consequentemente o bem-estar das nossas populações. Ignorar esta realidade seria abalar os alicerces da estabilidade que os bancos centrais têm como missão proteger”, adiantou.

Segundo Laura Beirão, São Tomé e Príncipe enquanto pequeno estado insular em desenvolvimento “apresenta vulnerabilidades comuns” sublinhando que “a exposição extrema a eventos climáticos, a limitação de recursos e a exposição a choques externos constitui uma realidade, mas da crise uma oportunidade”.

Diante disso, é importante que trabalhemos a transformação das vulnerabilidades como força e resiliência. Há poucas semanas tornamo-nos o primeiro país do mundo com 100% do seu território classificado como reserva mundial da biosfera”, frisou.

Entendemos que esta efeméride deve constituir uma oportunidade de capitalizar o recurso e natureza. O caminho para a sustentabilidade exige um planeamento estratégico abrangente e transversal”, adiantou.

O encontro reuniu representantes dos bancos centrais da CPLP, membros do Governo, entidades públicas e privadas, bem como organizações da sociedade civil.

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