O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou a segunda revisão do programa de ajustamento financeiro de São Tomé e Príncipe, destacando “progressos significativos numa série de questões macroestruturais”, que permitirá o desembolso de 2,8 milhões de dólares depois da validação pela direção do Fundo.
“O pessoal do FMI e as autoridades de São Tomé chegaram a um acordo a nível técnico sobre a segunda revisão das políticas económicas subjacentes ao programa de 40 meses apoiado pelo Mecanismo de Financiamento Ampliado (ECF)”, lê-se num comunicado do Fundo, no qual se aponta que “a maioria das metas quantitativas para a segunda revisão foi cumprida e foram feitos progressos significativos numa série de questões macroestruturais”.
Com o acordo, São Tomé e Príncipe vai receber 2,8 milhões de dólares, à volta de 2,4 milhões de euros, elevando o total já concedido para 13,4 milhões de dólares (11,6 milhões de euros), do total de 25 milhões de dólares, (21,6 milhões de euros), contemplado no programa de 40 meses assinado no final de dezembro do ano passado.
As autoridades fizeram progressos na preservação da estabilidade macroeconómica, apesar da crise energética em curso, e estão empenhadas em melhorar a situação orçamental e em avançar com a agenda de reformas do governo”, diz o FMI.
A instituição financeira diz que apesar de uma revisão em baixa do crescimento económico e de uma aceleração da inflação, espera-se “que o crescimento acelere e que a inflação desacelere gradualmente a médio prazo”.
Uma missão do FMI esteve em São Tomé desde o final de outubro até quarta-feira, tendo realizado encontros com o Presidente da República, o primeiro-ministro, deputados e outras instituições do país.
No final da visita, o chefe de missão para o arquipélago, Slavi Slavov, disse que “o crescimento deverá acelerar para 3,9% em 2026 e estabilizar em cerca de 3,3% a médio prazo, refletindo a resiliência do setor agrícola e do turismo, bem como uma recuperação nas remessas e no investimento público”, disse, citado no comunicado.
A reforma do setor energético “continua a ser essencial para desbloquear o crescimento e aliviar as pressões sobre a dívida pública e as reservas cambiais”, alertou ainda o Fundo.
Fonte: Agência Lusa
