Trabalhadores da ENASA suspendem greve após intervenção do primeiro-ministro

O primeiro-ministro, acrescentou que é preciso que os funcionários da ENASA “tenham consciência que a empresa tem que trabalhar”, porque as condições financeiras muitas vezes “não permitem atender todas as reivindicações dos trabalhadores”, por isso defendeu a necessidade de conversa, para encontrar “forma airosa de sair dessas situações”.

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Rádio Somos Todos Primos

O sindicato dos trabalhadores da ENASA, que administra o aeroporto internacional de São Tomé e Príncipe, suspendeu a greve iniciada hoje, após intervenção do primeiro-ministro que viabilizou um acordo com a direção da empresa, anunciou fonte oficial.

“Tendo o SINASA chegado a um entendimento com a Direção Geral da ENASA e rubricado um memorando de entendimento entre as partes, vimos informar as companhias aéreas e toda a comunicação social de que está suspensa a greve iniciada hoje”, lê-se num comunicado do sindicado enviado à Lusa, sem indicar os compromissos assumidos pelas partes.

No entanto, fonte sindical disse à RSTP que a direção da Enasa comprometeu-se em pagar a todos os trabalhadores cerca de 835 dobras em novembro e dezembro, perspetivando a atualização da grelha salarial na instituição em janeiro de 2026.

O acordo só foi alcançado após a intervenção do primeiro-ministro, Américo Ramos, que esteve durante a tarde na ENASA em diálogo com os representantes sindicais.

“O país é nosso, o país é uma ilha, só temos uma saída

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, e uma greve da ENASA não cria problema só ao Governo nem a direção da ENASA, cria ao país todo”, sublinhou o primeiro-ministro no final do encontro.

O primeiro-ministro, acrescentou que é preciso que os funcionários da ENASA “tenham consciência que a empresa tem que trabalhar”, porque as condições financeiras muitas vezes “não permitem atender todas as reivindicações dos trabalhadores”, por isso defendeu a necessidade de conversa, para encontrar “forma airosa de sair dessas situações”.

A paralisação iniciada nas primeiras horas de hoje foi convocada pelo sindicato para exigir um subsídio mensal de cerca de cinco mil dobras para todos os funcionários, à semelhança do que aconteceu, dizem, com os funcionários afetos ao sindicato dos controladores de tráfegos aéreo, desde janeiro.

“Estamos numa mesma empresa, entendemos que não pode haver benefício apenas para um grupo de trabalhadores, então, temos também direito a algum subsídio e estamos a reivindicar esse subsídio para as outras classes também”, disse o líder sindical, Arlindo Fernandes.

Segundo Arlindo Fernandes, houve negociações com o Governo para se evitar a greve, mas a direção da ENASA informou o sindicato de que tinha “tudo preparado” e só estava à espera da autorização do Ministério “para avançar” e fechar um acordo, mas em menos de 24 horas foram notificados pelo Governo de que a greve era ilegal.

O sindicato assegurou que a greve tinha a adesão de 100% e incluiu várias áreas, nomeadamente, a segurança, bombeiros, limpeza, fiscalização e outros, com exceção dos controladores do tráfego aéreo que têm um sindicato autónomo.

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