Covid-19: STP de sem para 4 casos confirmados. E agora?

Como foi possível estarmos sempre a pedir que o Santo Tomé poderoso nos protegesse e  esquecermos-nos da sua máxima – é preciso ver para crer- ainda mais tratando-se de uma PANDEMIA. O Covid-19 estava lá, nós é que não sabíamos ou não quisemos saber. E agora?

Nós falhamos desde princípio, quando permitimos que mais de 100 passageiros viajassem no mesmo voo (abarrotado) proveniente de um país de risco, aonde já se tinha confirmação de dezenas de casos. Falhamos também quando permitimos que estes passageiros, considerados pessoas de risco passassem 15 dias num hotel partilhando quartos e espaços comuns e não na quarentena quando ainda nem se havia feito testes aos mesmos. Falhamos igualmente quando permitimos que estas pessoas fossem mandas para casa quando sabíamos que tínhamos pendentes os resultados de testes em laboratório.
Falhamos na comunicação quando, por repetidas vezes, dissemos ao mundo que não tínhamos qualquer caso suspeito e sobretudo quando quisemos fazer transparecer que tinham sido feitos testes a todos os cidadãos que estavam no hotel quando sabia-se que foram feitos apenas 25.

E agora? Agora temos 4 casos confirmados e, ainda assim, continuamos a falhar.

Continuamos a falhar quando assumimos que há 4 casos confirmados, mas não temos nenhum suspeito sabendo que estas pessoas (infectadas) partilharam os mesmos espaços e foram deixadas ir à casa entrando em contacto com familiares e amigos.

Continuamos a falhar, quando depois de se confirmar 4 casos não  colocamos imediatamente em quarentena todos os cidadãos provenientes de países de riscos não foram. Continuamos a falhar quando  anunciamos novas medidas, sem se fazer qualquer referências as 4 pessoas confirmadas. Aonde estão? Como estão? São perguntas essenciais para reduzir-se o pânico.

O Covid-19 chegou. E Agora?

É preciso uma comunicação aberta e responsável. As decisões devem ser devidamente concertadas e acertadas e não dúbias e insuficientes. “Implementação de um horário único para as lojas comerciais e supermercados, que passa a ser das 8:30h às 17h. Os mercados Municipais e Distritais passam a funcionar apenas até as 16h e fica expressamente proibida a venda nos passeios.”

NÃO! O PROBLEMA NÃO SÃO AS HORAS DE FUNCIONAMENTO! Deve-se reduzir o número de pessoas no interior das lojas, supermercados, mercados e por aí fora. Assumindo que com a proibição das vendas nos passeios, mais pessoas terão que entrar no mercado, logo deve-se colocar seguranças na porta dos mesmos para controlar a entrada e saída de pessoas mantendo sempre um limite máximo.
É preciso falar mais para a Diáspora. É preciso que a comunicação dos Governantes sejam transmitidas por completo. Queremos ouvir tudo de fonte oficiais, incluindo as respostas às perguntas dos jornalistas. É preciso que a TVS volte disponibilizar no Youtube o Telejornal para que a Diáspora fique informada e evitar-se a especulação.
Se já estávamos “juntos do mesmo lado da canoa” agora devemos estar ainda mais.