Da falta de compromisso e da boa governança
Engana-se quem pensa que tudo sabe e que pode resolver tudo apenas com os seus.
Hoje, na terceira década do XXI, governar implica, obrigatoriamente, ser-se transparente, cooperante e propenso à partilha do poder e do saber fazer. Governar é mais do que as meras anunciações programáticas, megalómanas e de discursos aglutinadores.
Qualquer governante, independentemente do seu espectro ideológico, que não compreenda que governar hoje implica o constante sopesar do custo/benefício de cada decisão que toma, que deve moralizar as instituições pelo exemplo das suas ações, que os erros dos outros não justificam os seus e que deve estar de facto focado e comprometido com a causa pública está, salvo melhor entendimento, condenado ao insucesso na obtenção de resultados que, de facto, satisfaçam as necessidades colectivas.
O dom da virtude não nasce connosco, é verdade, mas pode ser adquirido ao longo das nossas vidas e, é por isso, que não podemos deixar de exigir virtude e integridade a quem nos governa.