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O II Fórum da Diáspora São-tomense: uma Governação Inclusiva?

Hoje mais do que nunca, o governo São-tomense, goza de oportunidades no que concerne ao envolvimento da sua diáspora no desenvolvimento socioeconómico do arquipélago. 

O XVII Governo de São Tomé e Príncipe organizará o II Fórum da Diáspora que irá ter lugar no segundo semestre de 2020. Trata-se de uma plataforma de diálogo, de reflexão e de formulação de políticas públicas para a integração da Diáspora nos países de acolhimento.  

Foi com este desígnio que a Comunidade São-tomense em Cabo Verde recebeu no passado sábado, 1 de fevereiro, na Assembleia Nacional, a Exma. Senhora Ministra dos Negócios Estrangeiros e Comunidade de São Tomé e Príncipe, Dra. Elsa Pinto.  

Espera-se que neste encontro a Diáspora São-tomense esteja representada. No caso da comunidade São-tomense em Cabo Verde, acreditamos que esta poderá desempenhar um importante contributo no referido encontro, uma vez que goza de oportunidades de acesso a programas, projetos e ações implementadas pela a Diáspora Cabo-verdiana no país de origem. 

Todavia, acredita-se que a estratégia de inclusão da diáspora no processo de governação do arquipélago, contribuirá para a reconstrução e transformação, no horizonte de 15 anos, STP, num novo país. A título de exemplo, a Embaixada de São-Tomé e Príncipe em Cabo Verde é a primeira a possuir uma plataforma online de funcionalidades diversas. Esta tem vindo a ser   desenvolvida por um grupo de quadros São-tomenses residentes em Cabo Verde, cuja agenda da Diáspora São-tomense em Cabo Verde, no referido fórum, pode trazer, além da sua contribuição direta, preocupações como:

  • Uma política de proximidade junto da Diáspora, através das suas representações diplomáticas no desenvolvimento de programas, projetos e ações de intervenção;
  • A captação dos cérebros tanto no domínio económico, político e cultural para o reforço no processo desenvolvimento estratégico e sustentado do arquipélago de São Tomé e Príncipe.  
  • A necessidade de criação de um Gabinete de Planificação Estratégica e de Negociação Internacional (CEPENI) para projetar uma estratégia de desenvolvimento sustentável de longo prazo para o país e, que seja, capaz de negociar parcerias globais e regionais que beneficiam aos são-tomenses;
  • Empoderamento da Comunidade São-Tomense no país de acolhimento com vista a uma melhor integração;
  •  A interligação dos dois arquipélagos de STP e de Cabo Verde, tendo em consideração os referidos custos de deslocação à São Tomé e Príncipe;
  • A definição pela Assembleia Nacional do modelo de participação da diáspora nas Eleições Presidenciais (2021) e Legislativas (2023), através da revisão da Lei Eleitoral;
  • Criação de estruturas representativas, sistemáticas e de diálogos globais quanto à integração da diáspora.

Estas e outras questões serão bem-vindas no Fórum, mas que dependem obviamente do modelo organizativo que se espera. Propomos aqui a criação de um Comité Executivo do Fórum, incluindo os membros da própria Diáspora, uma vez que são estes os principais beneficiários.

 

Adilson Barbosa A. Neto

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