Tiny e Sousa promoveram “Conversas da Tarde” inclusiva com a Associação dos Deficientes

“Entendemos que São Tomé e Príncipe só poderá entrar na rota de desenvolvimento se todos estiverem dispostos para ouvir todos”, sublinhou, Carlos Barros Tiny

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Chissano

A Associação dos Deficientes de São Tomé e Príncipe (ADSTP) acolheu esta terça-feira, 15 de março de 2022, a terceira edição das “Conversas da Tarde” promovida pelo ativista e empreendedor social, Abdu Sousa e o jurista e professor, Carlos Barros Tiny.

“Na verdade, é mais uma ação que insere dentro das conversas da tarde que temos vindo a desenvolver em jeito da nossa contribuição para o fortalecimento da cidadania nacional”, assegurou Carlos Tiny, garantindo que este exercício que vem sendo realizado ao nível nacional, só poderá ter sucesso “se for inclusivo”.

Segundo o jurista, o encontro permitiu “saber de várias coisas relacionadas com os deficientes de São Tomé e Príncipe” e receber “contribuições muito valiosas vinda deles”.

“Daí que, entendemos que São Tomé e Príncipe só poderá entrar na rota de desenvolvimento se todos estiverem dispostos para ouvir todos, e hoje fomos ouvir os deficientes de São Tomé e Príncipe, pessoas com várias contribuições, com desafios, com dificuldades, mas que estão dispostos a colaborar para o processo e desenvolvimento de São Tomé e Príncipe”, disse.

Durante a conversa da tarde, foi proposta a ideia da criação de um mecanismo sustentável para manter um bom funcionamento da Associação dos Deficientes de São Tomé e Príncipe.

“É verdade que eles recebem uma verba do Estado, mas esta verba é residual para aquilo que são as demandas deles, daí que nós sugerimos à eles que pudessem identificar um negócio sustentável para poder fazer face aos seus desafios”, sublinhou o jurista.

No entanto, o Presidente da Associação dos Deficientes de São Tomé e Príncipe, Arlindo Chissano realçou que é “muito importante” a criação de um meio para manter a sustentabilidade da associação.

“A Associação não pode depender só dos favores, porque eu vejo que associação tem funcionários em casa que tem que se pagar salários, tem guardas que tem que se pagar, e depois temos computador e a impressora para a manutenção”, disse o presidente da Associação dos Deficientes de STP.

Arlindo Chissano, avançou que a Associação tem “planos na carteira” para conseguir “duas motorizadas carinhas [moto carinha] para pôr na praça” de forma a garantir a sustentabilidade da associação.

“Nós temos na carteira também, mesmo para este ano, ter um atelier, afinal de conta, a maioria dos deficientes são artistas […] nós não vamos esperar só de favor, porque de favor as vezes não chega na hora e pode pôr a gente dormir com fome”, completou Chissano.

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