Órgãos de soberania são-tomenses reagem à morte de José Eduardo dos Santos

O primeiro-ministro Jorge Bom Jesus, considera que o ex-chefe de Estado angolano “foi em vida um combatente pela liberdade, democracia e desenvolvimento de Angola, tendo durante o seu percurso político, dedicado igualmente às causas da paz internacional, da solidariedade entre os povos […] e um grande amigo de São Tomé e Príncipe”.

África -
José Eduardo dos Santos

As autoridades são-tomenses, nomeadamente o Presidente da República, o presidente da Assembleia Nacional e o primeiro-ministro, reagiram à morte do ex-presidente angolano, José Eduardo dos Santos, ocorrida hoje em Espanha.

O Presidente da República, Carlos Vila Nova reagiu hoje à morte do ex-presidente angolano, José Eduardo dos Santos através de uma mensagem divulgada no facebook.

“Neste momento de luto e de dor, apresento a toda família, em nome do povo são-tomense e no meu próprio, os meus sinceros pêsames, transmitindo os meus profundos sentimentos de pesar”, lê-se na mensagem de Carlos Vila Nova.

Por sua vez, o primeiro-ministro Jorge Bom Jesus, considera que o ex-chefe de Estado angolano “foi em vida um combatente pela liberdade, democracia e desenvolvimento de Angola, tendo durante o seu percurso político, dedicado igualmente às causas da paz internacional, da solidariedade entre os povos […] e um grande amigo de São Tomé e Príncipe”

“Pelo que, em nome do Governo, quero aqui deixar registada a expressão da nossa eterna gratidão”, acrescentou.

Numa mensagem enviada ao Presidente angolano, primeiro-ministro refere ainda que “José Eduardo dos Santos ficará indelevelmente marcado como uma das maiores figuras políticas angolanas, sendo certo que os seus feitos serão eternamente recordados, especialmente pelo povo irmão da República de Angola”.

Por sua vez, o presidente do parlamento são-tomense, Delfim Neves também reagiu “com muita tristeza” à morte de José Eduardo dos Santos, afirmando que “o sentimento de tristeza do povo angolano é também sentimento de tristeza do povo são-tomense”.

“A morte é sempre algo que surpreende, sobretudo para alguém que desempenhou com muita dedicação o papel de Presidente da República de um país que nos é irmão, quer na sua relação de cooperação, como também na sua relação de família (sanguínea)”, afirmou Delfim Neves, à margem da cerimónia de lançamento de um livro na capital são-tomense.

Também à margem da mesma cerimónia, a ex-primeira-ministra, Maria das Neves considerou que “Angola perdeu um dos seus mais ilustres filhos, a África perdeu um grande homem”, referindo-se a José Eduardo dos Santos como “um ilustre dirigente”.

“Conheci-o como arquiteto da paz, um homem que garantiu a estabilidade em Angola, um homem que foi muito solidário, sobretudo com São Tomé e Príncipe. Nós sempre tivemos muito carinho do Presidente José Eduardo dos Santos”, sublinhou Maria das Neves.

José Eduardo dos Santos morreu hoje aos 79 anos numa clínica em Barcelona, Espanha, após semanas de internamento, anunciou a presidência angolana, que decretou sete dias de luto nacional.

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