A estilista luso-são-tomense Eva Tomé promoveu o primeiro desfile de moda intitulado ‘Tchiloli Fashion’ com objetivo de contribuir para a valorização desta manifestação cultural que São Tomé e Príncipe e a IX bienal de arte e cultura quer elevar à categoria de património imaterial da Unesco.
“Nós queremos que o ‘Tchioli’ seja património imaterial da humanidade e então vamos usar isso [a moda] também para acrescentar. Já temos outras vertentes: temos a pintura, temos o artesanato, já fizemos quase tudo com o Tchiloli, faltava a moda, então acrescentando a moda no processo, penso que será mais fácil obter isso”, disse Eva Tomé em declarações à RSTP.
A estilista disse que este projeto do ‘Tchiloli Fashion’ vai até 2024 e inclui, além de apresentações e São Tomé e Príncipe, outras no estrangeiro para divulgar a identidade cultural do país.
“Nós já temos alguns projetos no estrangeiro. Pelo menos em 2024 nós já temos o Paris a frente e nos outros lugares vai depender das condições e dos convites que nós recebermos para podermos levar o ‘Tchiloli’ de uma forma diferente”, explicou a estilista.
Para esta primeira apresentação, os desfile teve entre as manequins a primeira-dama, Fátima Vila Nova e a antiga ministra dos Negócios Estrangeiros, Natália Umbelina.
Um dos objetivos da apresentação era também fazer com que os modelos dos trajes usados no ‘Tchiloli “sejam usados no dia a dia” pela população quebrando a ideia de que “são muito festivos”.
“Eu acho que o país sai a ganhar e impulsiona também novos talentos a querer aparecer […] acho que é bastante interessante e com essas peças lindíssimas e com o tema que é bastante nosso e cultural – o Tchiloli – , foi um desfile bastante agradável”, comentou a antiga modelo são-tomense, Soraya Fernandes.
A apresentação do ‘Tchiloli Fashion’ aconteceu no âmbito da IX bienal de Arte e Cultura de São Tomé e Príncipe que decorreu no país durante os meses de junho e julho.
