Oposição diz que remodelação é “satisfação da clientela política” e não responde à “situação crítica” do país

Sob proposta do primeiro-ministro Patrice Trovoada o Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, nomeou na segunda-feira cinco novos ministros para o Governo, agora remodelado, passando a ter nova orgânica e aumentando de 11 para 13 Ministérios.

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Os dois partidos da oposição são-tomense MLSTP-PSD e o Movimento Basta mostram-se hoje dececionados com a remodelação do Governo, dizendo tratar-se de “satisfação da clientela política” e considerando que ela não responde à “situação crítica” que o país atravessa.

“É com alguma desilusão que nós vemos a composição deste Governo”, firmou o presidente do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), com 18 deputados no parlamento.

Interpelado pela RSTP à margem da cerimónia de cumprimentos de Ano Novo ao Presidente da República, Jorge Bom Jesus disse que o MLSTP-PSD esperava “muito mais” e considerou que a remodelação efetivada em decreto presidencial visou a “satisfação da clientela política”.

Sob proposta do primeiro-ministro Patrice Trovoada o Presidente são-tomense, Carlos Vila Nova, empossou hoje cinco novos ministros para o Governo, agora remodelado, passando a ter nova orgânica e aumentando de 11 para 13 Ministérios.

Esperávamos, “num contexto difícil em que São Tomé e Príncipe se encontra do ponto de vista económico e financeiro, alguma contenção de despesas em termos de redução [do Governo] e o que nós notávamos é que vai se abrir a porta ao despesismo”, criticou o presidente do MLSTP-PSD, que disse aguardar para conhecer estruturação do executivo ao nível das direções e a articulação entre os vários novos Ministérios.

O Movimento Basta, com dois deputados no parlamento, não esteve nos cumprimentos ao Presidente da República, por questões de articulação interna, mas disse à RSTP que a remodelação do Governo “não responde à situação crítica que o país está a atravessar neste momento”.

“Na nossa opinião essa remodelação deveria ser mais profunda e devia corresponder as exigências do momento”, sublinhou o coordenador do Movimento Basta, Salvador Ramos.

Os novos integrantes do executivo que tomaram posse hoje foram Lúcio Daniel Lima Magalhães para a Presidência do Conselho de Ministros, dos Assuntos Parlamentares e da Coordenação do Desenvolvimento Sustentável, Ângela da Costa para a Saúde e Direitos da Mulher, Disney Leite Ramos para a Economia, Nilda Borges da Mata para o Ministério do Ambiente, e José do Nascimento de Rio para as Infraestruturas e Recursos Naturais.

Também prestaram juramento hoje Gareth Guadalupe, transferido do Ministério da Presidência do Conselho de Ministros e Assuntos Parlamentares para os Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, que assumia cumulativamente desde julho do ano passado, Ginésio da Mata, que perdeu a pasta da Economia ficando apenas com o Ministério do Planeamento e Finanças Celsio Vera Cruz Junqueira, que ficou com o Ministério do Trabalho e da Solidariedade, perdendo a área da Saúde.

Foram ainda reconduzidos sem qualquer alteração na organiza ministerial os antigos ministros Ilza Amado Vaz, na Justiça, Administração Pública e Direitos Humanos, Jorge Amado, no Ministério da Defesa e Administração Interna, Abel Bom Jesus, na Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, bem como as ministras da Educação, Cultura e Ciências, Isabel Viegas D’Abreu, e a da Juventude e Desporto, Eurídice Medeiros.

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