MARAPA instala os primeiros recifes artificiais para promover a pesca artesanal em STP

O prejeto está a ser implementado com o financiamento de cerca de 120 mil dólares da Agência Nacional de Petróleo-STP e o Banco Africano para Desenvolvimento (BAD).

Economia -
Rádio Somos Todos Primos

A Organização Não Governamental Mar, Ambiente e Pesca Artesanal (ONG MARAPA) instalou os primeiros recifes artificiais para promover a pesca artesanal, com a criação de novos habitats em fundos marinhos pouco produtivos e aumentar a qualidade de vida das comunidades que vivem da pesca artesanal.

Segundo a ONG MARAPA existem cerca de 4.855 pescadores em São Tomé e Príncipe e nos últimos tempos tem se registado uma degradação acentuada do pescado, constituindo uma preocupação para a organização, a “restauração do fundo marinho”.

“Nós sentimos uma degradação total dos nossos ecossistemas marinhos perto da costa, sobretudo aqui na zona norte/noroeste em que a ação dos pescadores é diária […] os pescadores vão ao mar e sente-se que já não tem captura”, disse o diretor executivo da MARAPA, Jorge Carvalho de Rio.

Já se tem registado o crescimento da população piscatória na zona do recife artificial instalado pela MARAPA e os resultados foram apresentados na sexta-feira à comunidade de Morro Peixe, onde esta o primeiro recife. A população alerta para a pesca não autorizada naquela zona.

“Alguns senhores vão para lá de má-fé, pescadores de Praia Cruz, arrastam tudo. O que eu queria apelar é que não façam esse tipo de pesca de destruir”, apelou pescador de Morro Peixe, Paulo Jorge.

A fiscalização da zona do recife também constituiu uma preocupação para o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas.

“Nós temos já feito vários encontros com algumas identidades, sobretudo a Capitania para tentar ver o que se pode fazer neste aspeto (de fiscalização) (…) para ver se criamos condições para que a Capitania possa manter fiscalização constante” disse o assessor do ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pecas para a área de Pescas, Graciano Costa.

O prejeto está a ser implementado com o financiamento de cerca de 120 mil dólares da Agência Nacional de Petróleo-STP e o Banco Africano para Desenvolvimento (BAD).

“Filosofia do BAD (Banco Africano para Desenvolvimento) ao nível africano é empoderar a África a alimentar-se e a forma principal que uma ilha como São Tomé e Príncipe pode alimentar-se é alimentar o mundo e alavancar a sua riqueza marinha”, disse o representante do BAD para São Tomé e Príncipe, Pietro Toigo.

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