Doente mental perturba mulheres com tentativas de pegar nas partes íntimas

Há vítimas que relatam que foram agredidas pelo doente mental numa das tentativas para tocar nas suas partes íntimas.

País -
Rádio Somos Todos Primos

Várias mulheres que frequentam ou trabalham na Praça da Independência, dizem-se vítimas de perturbação e tentativa de agressão por parte de um doente mental que recorrentemente tenta pegar-lhes nas suas partes íntimas, sobretudo a nádega, e apelam às autoridades a tomarem as devidas medidas.

Segundo algumas cidadãs ouvidas pela RSTP o doente mental tem praticado o ato há muito tempo, mas até ao momento as autoridades não tomaram medida pelo que a situação tem causado clima de medo para quem circula no local.

“Nós trabalhamos aqui com medo dele […] ele agrediu duas pessoas aqui […] ele vai querer nos pegar e quando ele vem, tentamos dar ele com água”, relatou uma mulher que não quis se identificar.

A outra jovem que também não quis se identificar, disse que foi agredida pelo doente mental, em uma das tentativas para tocar nas suas partes íntimas da vítima.

“Quando ele chegou perto, tentou pegar-me na parte íntima, depois eu reagi, e quando eu fiz isso, eu percebi que ele não gostou, mas mesmo assim eu não podia aceitar que uma pessoa me tocasse sem o meu consentimento, e então, ele a fazer isso eu reagi, ele não gostou e agrediu-me, eu quando distrair-me um bocadinho ele deu-me um empurrão, eu caí, e quando eu caí, parece que perdi um bocado de sentido”, acrescentou.

A jovem conta que tem havido outras vítimas que sofreram a mesma situação.

“Ele é uma pessoa que tem maus hábitos, porque eu já soube que ele tentou agredir uma senhora também, até deficiente aqui na praia, e a senhora gritou, veio alguns pescadores que apoiaram a senhora, e ele quando fez isso, atirou-se para o mar”, contou a jovem.

“Eu tenho estado a ver que há muitos doentes mentais que circulam pela praça, e eu gostaria de apelar as autoridades competentes que cuidassem deles, que levassem ele para lugar adequado”, apelou outra cidadã.

Contactados pela RSTP, a Polícia Nacional assegurou a colaboração na recolha dos doentes mentais na rua, mas lamentou a falta de um centro para o acolhimento dos mesmos.

“Esses indivíduos poucos são recolhidos ao hospital para alguma intervenção e posteriormente voltam de novo para a rua e causam novos problemas, agridem até as pessoas, causam danos nos bens das pessoas […] sempre que tiverem algum conhecimento, pensem em comunicar as autoridades”, admitiu o comissário e porta-voz da Polícia Nacional, Odair dos Anjos.

No ano passado o Governo prometeu a criação de um Centro de acolhimento para doentes mentais, mas até ao momento o projeto não se efetivou.

A ministra da Saúde e Direitos das Mulheres disse à RSTP que o Governo nomeou “agora um coordenador” para o projeto e que o executivo está “a trabalhar nisso” e “posteriormente” vai dar respostas”.

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