PM: “Mandei o MNE representar STP” na conferência para a paz na Ucrânia

Entretanto, à margem da Conferência Democracia em África, da Internacional Democrática do Centro (IDC), o primeiro-ministro Patrice Trovoada, que participa enquanto presidente da Ação Democrática Independente (ADI), revelou o representante de São Tomé e Príncipe na conferência da Paz na Ucrânia.

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Rádio Somos Todos Primos

O Presidente da República disse que não participará na conferência para a paz na Ucrânia que se realiza hoje e amanhã na Suíça, mas assegurou que o arquipélago estará representado, sem dizer por quem, mas o primeiro-ministro disse que “mandou” o ministro dos Negócios Estrangeiros representar o país.

“A representação do país faz-se de diversas formas e, neste caso concreto, o país estará representado” disse à RSTP, o chefe de Estado, Carlos Vila Nova, na quinta-feira, no aeroporto de São Tomé, quando regressava ao país, após participar na cimeira Coreia do Sul-África.

O chefe de Estado não esclareceu quem representaria o país na conferência sublinhando que “nem tudo pode ser feito ao nível do Presidente”.

Entretanto, à margem da Conferência Democracia em África, da Internacional Democrática do Centro (IDC), o primeiro-ministro Patrice Trovoada, que participa enquanto presidente da Ação Democrática Independente (ADI), revelou o representante de São Tomé e Príncipe na conferência da Paz na Ucrânia.

“Mandei o ministro dos Negócios Estrangeiros [Gareth Guadalupe] representar São Tomé e Príncipe, embora que a Rússia não esteja presente, mas nós entendemos que era preciso nós estarmos presentes para marcarmos a nossa solidariedade com a Ucrânia nesse conflito”, disse Patrice Trovoada.

Já na semana passada, o primeiro-ministro são-tomense, ainda sem sem garantir a presença no evento, assegurou que apoia “qualquer iniciativa de paz”.

“Ainda não sabemos, mas em princípio, qualquer cimeira que busca a paz nos interessa”, disse Patrice Trovoada quando questionado pela RSTP, na sequência das declarações do primeiro-ministro de Portugal, Luís Monte Negro, que disse ter-lhe sensibilizado para o país participar na cimeira.

Patrice Trovoada reiterou que a posição de São Tomé e Príncipe face ao conflito entre a Rússia e Ucrânia “sempre foi a mesma e será sempre a mesma”.

“A invasão da Ucrânia não é aceitável. Qualquer conflito não pode ser resolvido por uma ação armada, mas o facto é que estamos numa guerra, por isso qualquer iniciativa também para acabar o conflito, qualquer iniciativa de paz, qualquer negociação ou solução negociada, nós estamos interessados que ela aconteça”, sublinhou.

Recentemente São Tomé e Príncipe assinou um acordo de cooperação técnico militar com a Rússia, que entre outras ações prevê a entrada de navios e aviões de guerra russos no arquipélago.

A informação avançada em primeira mão pela imprensa russa, provocou “estranheza, apreensão e perplexidade” por parte de Portugal e outros países europeus, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel.

No entanto, após diálogo e trocas de palavras na comunicação social as autoridades são-tomenses e portuguesa afirmaram que a relação entre os dois países mantém-se boas, assim como com a União Europeia.

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