Jovem angolano cria plataforma para conectar doadores de sangue em Angola

A plataforma denominada “Kubana” já se encontra disponível e pretende juntar cerca de 300 mil doadores de sangue voluntários em Angola.

Angola -
Rádio Somos Todos Primos

O jovem angolano, Fernando dos Santos desenvolveu uma plataforma, denominada “Kubana” através da qual quer conectar cerca de 300 mil doadores de sangue voluntários para ajudar a salvar vidas das pessoas em Angola.

Jovem Angolano

Segundo Fernando dos Santos a iniciativa surgiu após após a notícia sobre a morte de um jornalista angolano por falta de sangue no hospital central de Angola.

Preocupado com a situação, Fernando dos Santos não viu outra saída se não contribuir com o seu saber, para que situações ligadas as mortes por falta de sangue não voltassem a acontecer em Angola. Foi assim que desenvolveu a plataforma de gestão e localização, denominada “Kubana” para conectar doadores voluntários de sangue.

No entanto, o jovem angolano aponta a internet como um dos maiores desafios deste projeto.

“A plataforma é online, a pessoa precisa ter internet para acessar a plataforma, aí entra de novo um problema, Angola e quase África em geral, tem um problema relacionado a conectividade, nem todo mundo tem literacia digital, nem todo mundo tem acesso ao smartphone, nem todo mundo tem acesso a um computador, nem todo mundo tem acesso a internet no geral”, sublinhou.

Fernando dos Santos mostrou-se insatisfeito pelo nível de doação voluntária de sangue que se regista em Angola.

“De acordo com as informações que eu li da OMS, é necessário que um país tenha pelo menos 3.5% da população a doarem sangue. De acordo com o Jornal Angola, nós somos menos 1% que doamos, ou seja, nós estamos muito abaixo do que é considerado normal para um país doar sangue e o número ideal é de 5%, ou seja, 5% da população angolana tem de doar sangue ou no mínimo 3.5%”, precisou Dos Santos.

O jovem angolano, desenvolvedor de software “Kubana”, disse ter em carteiras outros projetos de programação e sociais por desenvolver, acreditando sempre no seu saber e naquilo que poderá contribuir para o bem da população angolana.

“Eu me consideraria uma incubadora de ideias, porque eu tenho muitas ideias e quase todas as ideias que eu tenho do projeto são voltadas para a parte social, claro que nós precisamos de dinheiro para viver, e eu tenho projetos também que dão dinheiro, mas eu tenho um monte de projeto”, afirmou.

“Eu vou para Mandela Washington Fellowship em junho, e vou cursar liderança em empreendedorismo e um dos projetos que eu vou levar para lá [e] que a universidade vai me ajudar a estruturar em partes, é um projeto ligado a tecnologia mais para o ensino, ou seja, eu quero criar uma plataforma para ensinar programação de computadores ou tecnologia de informação para pessoas que vivem nas periferias ou pessoas que vivem em locais marginalizados em Angola e em África”, acrescentou Fernando dos Santos.

O jovem angolano que é apaixonado por tecnologia e por causas sociais, acredita no poder das ferramentas digitais para transformar realidades e aproximar pessoas em prol de um bem maior.

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