A artista plástica holandesa, Ana Nunes é uma das convidadas a participar pela primeira vez na Residência artística promovida pela Roça Mundo no âmbito da X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe que terá abertura no dia 25 de junho na Roça Água Izé.
Ana Nunes, nasceu em Portugal, é filha de mãe portuguesa e pai holandês e faz parte de uma família de cientistas sociais. É formada em biologia, mas o seu interesse sempre esteve inclinado pelo desenho.
“Ao longo do processo como cientista, eu descobri que também gosto muito de pesquisar as histórias que não são sempre ouvidas, então ao longo do caminho que eu estava fazendo como cientista, eu comecei de novo a me exprimir por arte, porque era parte de mim e não fazia sentido não dar suficiente atenção a isso [e] para mim arte é comer, beber, é dormir [porque] se não faço isso, eu não estou direita”, disse Ana Nunes à RSTP.
A artista plástica já realizou e participou em várias exposições, algumas individuais e coletivas em países como Holanda, Bélgica e Guiné-Bissau. Ana Nunes disse estar a viver a sua melhor experiência artística em São Tomé.
“Em São Tomé eu vi essa luz e olhando para mim deu mais luz porque acho que o passado é pesado”, disse a artista que mostrou-se satisfeita com algumas obras feitas pelas crianças em São Tomé, como ‘gualalas’, trotes e outros.
Ana Nunes está em São Tomé pela segunda vez, mas é a primeira que participa na residência artística promovida pela Roça Mundo, no âmbito da X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe.
A artista promete apresentar trabalhos interessantes na X Bienal de Artes e Cultura, inspirando na história, cultura e o dia-a-dia do povo são-tomense.
“E os meus quadros são a minha fantasia sobre isso”, assegurou.
Ana Nunes, artista plástica e visual contemporânea, nasceu em 1993 em Matosinhos, Portugal, e atualmente vive e trabalha em Haia, nos Países Baixos. Sua prática artística interdisciplinar está conectada a temas ecológicos e sociais. Além disso, Nunes é membro do This Work Club, uma iniciativa da This Art Foundation que promove a troca de conhecimento e experiência entre artistas.
A artista plástica também está envolvida em pesquisas sobre as consequências cotidianas do passado escravocrata na posição das mulheres, por meio de uma residência artística com a organização SOMA em São Tomé e Príncipe.
