A Organização Internacional do Trabalho (OIT) está a capacitar mais de 50 produtores agrícolas da Cooperativa de Camavo sobre cooperativismo e gestão associativa, no âmbito do Projeto Conjunto do Sistema das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe que visa promover cadeias de valor alimentar local sustentáveis.
A ação formativa teve abertura na segunda-feira, 1 de Julho, no Centro Técnico Agropecuário (CATAP), em parceria com o Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e tem a duração de 4 dias.
“Isto é uma oportunidade que não é sempre, então é de todo interesse que vocês [agricultores] possam aproveitar da melhor forma possível tudo quanto for passado aqui nesta formação”, disse o Representante do Ministério da Agricultura, João D´Alva.
A representante da Organização Internacional do Trabalho em São Tomé e Príncipe, Lurdes Maria dos Santos sublinhou que ao longo desta semana serão abordadas várias temáticas, nomeadamente “de como trabalhar melhor na cooperativa, como prevenir os conflitos” e “como melhorar a organização”.
“É sempre bom quando nós temos uma cooperativa que funcione, quando uma cooperativa em que toda gente se entende e quando toda gente se entende, então melhoramos tanto a produção como a produtividade”, frisou Lurdes Maria.
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Trata-se de mais uma formação de reforço às capacidades beneficiadas pelos membros da cooperativa de Camavo. O Presidente desta organização, Tomé Pensava considerou que “esta formação é uma mais-valia para os agricultores desta comunidade”.
“Nós semeamos milho, mas há muitos métodos que nós não sabíamos, mas sim nós aprendemos agora […] então neste sentido, é bem-estar para nós e que nosso conhecimento possa desenvolver São Tomé e Príncipe e que pode levar-nos a ter uma vida melhor e reduzir a pobreza”, disse Pensava.
Os temas da formação estão a ser partilhados pelo formador Adalberto Luís, gestor da CECAQ 11, uma das maiores cooperativas de exportação de cacau no país.
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Luís sublinhou que “para que se faça uma boa gestão de cooperativa” no país “há necessidade de alguns instrumentos técnicos ligados a gestão”.
“Daí que o meu contributo é fazer passar instrumentos essenciais da gestão cooperativa, como os princípios básicos como a gestão de conflitos, como a questão essencial do pagamento de contribuições e também um pouco a própria gestão financeira, os fluxos de fundo, os balanços da conta de exploração, portanto, uma gama de itens que pode nos ajudar a fortalecer a estrutura em termos de festão da própria cooperativa”, assegurou Adalberto Luís.
Durante a formação também serão partilhados conceitos ligados a condutas de trabalho e direitos do trabalhador.
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