X Bienal: Artistas culturais debatem sobre “O panorama atual da música são-tomense”

O debate surge como complemento descrito no livro da escritora e investigadora portuguesa, Magdalena Chambel, intitulado “Dêxa Puíta Sócó(m)pé”, apresentado no país em outubro do ano passado.

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Vários artistas e investigadores culturais são-tomenses estiveram reunidos na Casa das Artes, Criação, Ambientes e Utopias (CACAU), na quarta-feira, 17 de Julho, para debater sobre “O panorama atual da música são-tomense”, bem como, os desafios que enfrentam.

O debate surge como complemento descrito no livro da escritora e investigadora portuguesa, Magdalena Chambel, intitulado “Dêxa Puíta Sócó(m)pé”, apresentado no país em outubro do ano passado.

Achei importante de preparar um debate com as pessoas que neste momento aqui na ilha produzem a música, são compositores, cantores, músicos e instrumentistas, tanto dos grupos mais tradicionais como artistas mais contemporâneos de vários géneros musicais”, disse a autora Magdalena Chambel.

E também foram convidadas as pessoas que produzem a música, como produtores musicais, os técnicos de sons, pessoas que têm o seu equipamento que depois ajudam os outros os concertos”, completou Chambel.

A autora reconhece que ainda há muito por fazer para o crescimento da música são-tomense.

O que eu fiz é tentar desenhar as transformações do universo musical durante um longo período, portanto, é um apanhado, é uma organização de uma estruturação de tudo que aconteceu ao longo de muitos anos […] o livro tem vários capítulos. Há muito trabalho para fazer, portanto encorajo todas pessoas que estão aqui nas faculdades a estudar para trabalhar, tanto sobretudo para musica mais tradicional, a música que está a se perder como sobre a música atualmente produzida”, vincou Magdalena Chambel.

Por outro lado, o investigador e ensaísta são-tomense, Francisco Costa Alegre, considerou que este encontro deve prevalecer entre os artistas nacionais.

Quando se fala da música é muito complexo, fala-se da história da música, produção de instrumentos musicais, produção das letras musicais, ensino da música e a divulgação da música em termos de textos literários e em termos de produções ultra sintéticas para o exterior”, ressaltou Costa Alegre.

Alguns artistas da música são-tomense destacaram a importância do encontro, não deixando de lado os desafios que enfrentam.

Foi uma honra participar numa atividade como esta, é pela primeira vez que eu consegui dar ideias, falar mais daquilo que estamos a fazer e a produzir. Estou sempre atrás disso para fazer o melhor e dar o meu contributo”, disse o cantor são-tomense, Moussa Halawi.

Enquanto cantor enfrentamos muitos desafios, porque para fazer uma música não depende só de mim ou do artista, para fazer um vídeo clip tem que ter toda equipa que vai trabalhar consigo para participar [na gravação] do vídeo, portanto, são muitos desafios [que enfrentamos] como artista individuais”, acrescentou o artista.

Por seu turno, a cantora são-tomense, Sebastiana, considerou que este encontro entre artistas “é uma maneira de os artistas poderem conversar” e refletir “sobre a música” nacional.

Fiquei muito feliz porque nós [os artistas] em São Tomé e Príncipe precisamos muito disso, a nossa cultura está muito pobre e com essa conversa, assim sentimos bem e sentimos que estamos um bocado seguros na cultura”, concluiu a cantora são-tomense.

Este encontro entre os artistas para debater sobre o atual panorama da música são-tomense, a aconteceu no âmbito da X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe que decorre até o dia 25 do mês em curso.

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