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PR pede estratégia nacional e reforma do sistema de segurança em São Tomé e Príncipe

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O Presidente da República quer uma estratégia nacional e reforma do sistema de segurança interna de São Tomé e Príncipe para assegurar maior tranquilidade pública no arquipélago, bem como mais meios e maior valorização dos recursos humanos da Polícia Nacional.

Carlos Vila Nova que discursava na terça-feira, 27 de agosto ,durante o ato central dos 49 anos da institucionalização da Polícia Nacional, apontou algumas prioridades que espera do domínio da segurança, sobretudo na Polícia Nacional.

A elaboração de uma estratégia nacional e segurança interna, a reforma estruturante do sistema de segurança apostando nas novas tecnologias, melhorias das condições de serviços dignificando assim as mulheres e os homens que servem do sector da segurança interna”, disse Carlos Vila Nova.

O estabelecimento de novas parcerias e de cooperação técnico-policial com outros países, reforçando as já existentes e as necessidades de trabalhar na visão de uma polícia cada vez mais jovem e equipada com enfase na formação especializada e contínua dos quadros a todos os níveis da cadeia hierárquica”, reforçou Vila Nova.

O Presidente da República considerou ainda que “a qualidade da ação policial começa na motivação das mulheres e dos homens que a conduzem […] proporcionando-lhes além da adequada formação técnica e humana, as indispensáveis condições do trabalho compatíveis com as exigências inerentes à condição de agentes da lei”.

O chefe de Estado são-tomense mostrou-se atento às exigências da sociedade relativamente as questões de segurança interna, destacando o papel da Polícia Nacional na preservação da tranquilidade pública.

A Polícia Nacional deve essencialmente produzir segurança para que os cidadãos possam dispor de uma sociedade segura e simultaneamente livre, devendo fazer com proficiência conjuntamente com as demais forças e serviços de segurança”, sublinhou

Carlos Vila Nova assegurou ainda que o “aumento da criminalidade principalmente os novos paradigmas bem como com novas formas de delinquência associados aos seus atores “é um fenómeno a qual a sociedade se deve opor”.

Queremos, mas seriamos fantasiosos ao afirmar que vamos erradicar o crime e a delinquência, mas devemos contê-los em níveis aceitáveis, impedindo a sua escalada de forma que não seja entendido pela sociedade como casos impunes”, precisou.

A garantia da segurança rodoviária em São Tomé e Príncipe também foi outra preocupação manifestada por Carlos Vila Nova.

A segurança nas estradas é uma responsabilidade de todos e acima de tudo devemos fazer dela uma questão cultural que deve ser cimentada na família, nas escolas e também na relação de cidadania que o individuo estabelece com a sociedade”, vincou Carlos Vila Nova.

Os 49 anos da institucionalização da Polícia Nacional foram assinalados sob o lema, inovar a estratégia de atuação para a garantia da segurança, uma missão que tem sido desenvolvida nos últimos anos de acordo com o plano estratégico da instituição.

Todos desejamos uma polícia que orgulhe os são-tomenses, uma instituição confiável, respeitada, disciplina e unida. No entanto, sabemos que ainda temos um longo caminho a percorrer para alcançar este objetivo, especialmente, considerando a dificuldades socioeconómicas que enfrentamos tanto local, quanto globalmente”, disse o comandante-Geral da Polícia Nacional, Adulcino Daniel.

O primeiro-ministro renovou a promessa de continuar a melhorar as condições de trabalho da Polícia Nacional.

Precisamos agora de uma dotação em meios materiais, em meios científicos, mais formação e estamos de facto a trabalhar nesta perspetiva, por outro lado, é evidente que isso não pode acontecer se não houver também esforço por parte da população, dos comportamentos para ajudar que o país possa continuar a ser um país com um sentimento de segurança”, afirmou o chefe do executivo são-tomense, Patrice Trovoada.

Em maio último, após cerca de três meses de formação foram recrutados 262 novos agentes para a Polícia Nacional, mas até ao momento continuam a trabalhar sem salários.

O chefe do Governo explicou que “é algo que tem acontecido não só na polícia, mas em vários sectores” institucionais do país.

 “No decorrer do ano, muitas vezes as necessidades fazem com que temos de abrir novos recrutamentos e depois são enquadrados no próximo orçamento, isso tem a ver com os novos, mas tem a ver também como as promoções em que há sempre uma decalagem entre quando começam a servir e quando os salários aparecem” referiu Trovoada.

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