Mulheres Juristas são-tomenses preocupadas com o aumento do assédio sexual em STP

A atividade que aconteceu nas instalações da REINA, insere-se no âmbito da 6ª Quinzena de Cidadania, um evento que visa promover a conscientização sobre os direitos humanos e a cidadania em São Tomé e Príncipe.

Justiça -
assédio sexual

A Associação das Mulheres Juristas de São Tomé e Príncipe promoveu na quinta-feira, um workshop sob o lema “Assédio sexual contra menores”, para sensibilizar a sociedade sobre os altos índices de assédio, apelando a maior denúncia deste crime que afeta sobretudo as mulheres no contexto de trabalho.

Nós falamos muito pouco [sobre essa questão] uma vez que se constitui uma espécie de tabus ainda, então é bom que nós abordemos estes temas, até porque o ordenamento internacional fala bastante sobre estas questões e até materializa instrumentos para combater esta problemática”, disse Liudmila Leal, secretária da Associação das Mulheres Juristas de São Tomé e Príncipe.

Leal afirmou que deve-se abordar mais sobre este flagelo que tem afetado a saúde de muitas mulheres no país, apelando a colaboração de todos para mitigar este problema.

Uma pessoa que sofre, dificilmente ela consegue abrir-se com alguém, e muitas vezes quando são denunciados não há provas, se também não há provas, as pessoas muitas vezes podem não ter esse cuidado de guardar as provas […] estamos num mundo globalizado, então é sempre bom procurar investigar mais, tanto ao nível interno ou internacional, ver quais são os mecanismos que lhe e poder estar assim mais a vontade fazer a denuncia destas naturezas”, declarou Liudmila Leal.

A presidente da Associação das Mulheres Juristas, e Procuradora-geral Adjunta do Ministério Público, Vera Cravid apelou as mulheres vítimas desta prática a denunciarem estes crimes, destacando a importância do workshop para as mulheres e os homens que estiveram presentes.

É um tema que se fala pouco na nossa sociedade, porque quando se fala do assédio, as pessoas confundem-no com os comportamentos de arcos-piropos, com determinados desejos que se lança a boas nas ruas, as pessoas confundem estes tipos de comportamentos com os assédios que acontecem dentro do local de trabalho o que não é normal […] e muitas vezes culpabilizam-se muito as mulheres por elas terem colocado na posição de serem assediadas”, disse a Procuradora-geral Adjunta do Ministério Público, Vera Cravid reforçando que “o assedio é uma violência sexual praticada contra as mulheres”.

Porque é um crime que está previsto no capítulo da liberdade sexual, é uma importunação sexual que precisa ser combatida e debatida bastante, levada a questão ao público para que toda gente ganhe consciência que essa situação existe, quais são os comportamentos que podem ser considerados assédios e quais é que não podem ser considerados assédios e que tipo de procedimentos devem levar em consideração para que a questão seja levada a barra dos tribunais e que possa haver julgamento neste aspeto”, acrescentou Cravid.

assédio sexual

A atividade que aconteceu nas instalações da REINA, insere-se no âmbito da 6ª Quinzena de Cidadania, um evento que visa promover a conscientização sobre os direitos humanos e a cidadania em São Tomé e Príncipe.

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