Associação Pica Pau pretende criar uma escola de arte em São Tomé e Príncipe

Pintura, escultura e peças de artesanatos, são obras que são não apenas criadas com grande habilidade e dedicação, mas que também atraem muitos turistas que visitam o espaço.

Cultura -
Pica Pau

A Associação Pica Pau, organização composta por cerca de 9 artesãos são-tomenses, pretende criar uma escola de arte em São Tomé e Príncipe no próximo ano, com o objetivo de incentivar os jovens a expressar as suas próprias identidades culturais através da arte, bem como, promover e valorizar mais a cultura artística do país.

A arte é vida, enquanto houver movimentação artística há sempre uma vida feliz, por isso o nosso desafio no próximo ano é este [a criação de uma escola artística em São Tomé e Príncipe]”, disse o artesão, Ismael Viegas que também é um dos fundadores da associação, sublinhando que a organização já começou “a trabalhar no projeto”.

Nosso foco maior é também fazer entender que nós somos importantes, também queremos ajudar e vamos ajudar o nosso país […], porque para ensinar uma pessoa a arte, não é preciso muita diplomacia, é questão da vontade, e isso nós vamos fazer”, garantiu.

Segundo Ismael Viegas, a organização pretende avançar com o projeto já na primeira semana do mês de fevereiro de 2025, mas continuam em busca de apoios para a concretização deste sonho.

Há certas coisas que fizemos, mas ainda isso está sob o segredo da associação”, disse.

Ismael Viegas é um dos artesãos e fundadores desta organização. Com mais de 20 anos de carreira na arte, o artesão considera que o trabalho como este, faz parte da sua vida, tendo descoberto a paixão pela arte muito cedo quando via alguns artesãos da zona de Atrás da Cadeia a trabalhar.

Eu via como é que [eles] moldavam-se as madeiras e eu apaixonei [pela arte]. Já trabalho e tenho muitas obras feitas, e eu sou uma pessoa feliz e realizada com este trabalho”, precisou o artesão.

Pica Pau

Pintura, escultura e peças de artesanatos, são obras que são não apenas criadas com grande habilidade e dedicação, mas que também atraem muitos turistas que visitam o espaço.

O artista tem que ter um foco positivo, vejo na área [artística] algo positivo, porque muitas pessoas gostam, só que o poder financeiro acarreta pessoa, porque a arte também não é uma coisa barata”, admitiu Viegas.

Normalmente conseguimos os restos das madeiras, quando fazem abate das árvores e falamos com os operadores e conseguimos os restos, porque é isso que trabalhamos com ele”, acrescentou.

Apesar da qualidade e do valor das suas obras fantásticas, os artesãos enfrentam desafios significativos, principalmente as dificuldades financeiras e a falta de recursos adequados.

Antes de criarmos esta associação, vendíamos de frente ao Hotel Miramar e isso não tinha nenhuma qualidade para a divulgação da nossa arte, então, formamos uma associação, conversamos com as pessoas mais idóneas que nos disse na altura que o único método para que o nosso trabalho seja mais valorizado é criar uma associação, e assim o fizemos”, contou Ismael Viegas.

O artista, nunca se deve ir pelo lado negativo, porque sabemos que a negatividade existe, mas, o nosso objetivo é superá-lo […], e o maior desafio são aqueles que vamos ultrapassando todos os dias, é de sempre trazer os novos trabalhos e oferecer o melhor para as pessoas que veem visitar o nosso atelier”, adiantou.

A Associação Pica Pau localizada na capital são-tomense, reafirma também o seu compromisso de continuar a defender a arte artística em São Tomé e Príncipe.

Últimas

Topo