O ex-deputado são-tomense, Nenésio Afonso foi hoje condenado à pena máxima de 25 anos de prisão por crimes de abuso sexual da filha menor, segundo sentença proferida pelo tribunal.
Para o tribunal ficou provado que Nenésio Afonso praticou 21 crimes de abuso sexual em várias vertentes, nomeadamente, cinco de atos sexuais de relevo, 12 de abuso sexual com cúpula completa, mais quatro relacionados com a exigência de conteúdos sexuais a menores.
A soma das penas aplicadas atingiu 139 anos de prisão, mas, pelo cúmulo jurídico, foi aplicada ao arguido a pena de prisão de 25 anos, o máximo previsto nas leis de São Tomé e Príncipe, e ainda a obrigação do pagamento de indemnização de 70 mil dobras, e proibição do exercício do poder paternal durante os próximos quatro anos.
O arguido foi absolvido de 14 crimes.
Na leitura da sentença, a juíza referiu que o condenado começou a abusar sexualmente da filha com toques nos órgãos genitais e outras partes do corpo quando a menina tinha nove anos, e manteve relações sexuais com a filha pela primeira vez quando esta tinha 13 anos.
O tribunal indicou que o ex-deputado, que já se encontrava em prisão preventiva, pedia à filha para lhe enviar fotos nuas por mensagens, sob a ameaça de morte.
Segundo a Justiça, Nenésio Afonso fez o mesmo pedido a pelo menos duas amigas da filha, também menores, que rejeitaram o pedido.
O condenado foi deputado da Ação Democrática Independente (ADI) entre 2014 a 2018, tendo exercido as funções como um dos secretários da mesa da Assembleia.
O advogado de defesa do arguido prometeu recorrer da decisão.
Em dezembro, Hayton Dias, uma das principais vozes da música são-tomense, também foi condenado a 13 anos de prisão por abuso sexual de uma menor de 13 anos.