O MLSTP defendeu que a anulação das taxas aeroportuárias para 220 euros implementada pelo Governo anterior, deveria ser uma das primeiras decisões do novo Governo liderado por Américo Ramos, mas o Conselho de Ministros e o primeiro-ministro decidiram avaliar o assunto e decidir em 15 dias.
“A anulação das taxas aeroportuárias já deveria ter siso feita, deveria ser uma das primeiras ações desse Governo e nós vamos exigir que eles anulem essas taxas”, declarou o presidente do MLSTP, Américo Barros, durante o Conselho Distrital do partido realizado no fim de semana, no distrito de Cantagalo.
O aumento das taxas aeroportuárias para 220 euros contra o veto político do Presidente da República, foi a linha vermelha no relacionamento entre o chefe de Estado e o ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada, levando à demissão do Governo em 06 de janeiro.
O assunto esteve em análise na primeira reunião do Conselho de Ministro, realizada no dia 16 de janeiro, que decidiu “reavaliar o projecto de modernização do Aeroporto Internacional de São Tomé e os seus instrumentos relacionados, considerando os interesses da economia nacional, do investidor e dos utilizadores” e avaliar as “conclusões e recomendações técnicas para a tomada de decisão” no prazo de quinze dias.
A decisão foi reafirmada pelo primeiro-ministro Américo Ramos, à margem da cerimónia de cumprimento ao PR por ocasião do ano novo.
“Nós estamos a tomar conta dos dossiers, estamos analisar, precisamos ter muita calma, muita atenção naquilo que fazemos. Governar não é só ir contra determinadas questões. Temos que analisar e ver o devido enquadramento, como é que elas foram criadas, para quê e no devido momento nós tomaremos a decisão mais acertada possível para o bem da Nação”, disse Américo Ramos.
De recordar que em dezembro do ano passado o Presidente da República Carlos Vila Nova também prometeu estar a trabalhar para a anulação da resolução que aumentou as taxas aeroportuárias, mas a medida continua em vigor desde 01 de dezembro de 2024.
A Justiça também continua sem decidir sobre o pedido de anulação apresentado pelo Movimento Basta no Supremo Tribunal de Justiça nas vestes de Tribunal Administrativo há mais de um mês, assim como o Tribunal Constitucional não decidiu sobre o pedido apresentado pelo Governo anterior.
