Jovem baleado por agente da Polícia Judiciária em Oque-del-rei pede justiça

Contactado pela RSTP, o diretor da Polícia Judiciária disse que o agente em causa não foi suspenso, mas foi aberto um inquérito para averiguar os factos.

Justiça -
Jovem baleado

Um jovem de 28 anos, foi baleado por um agente da Polícia Judiciária na noite de quinta-feira, 06, em Oque-del-rei, denunciou a vítima que está internada no Hospital Central com lesão na perna exigindo justiça. A direção da PJ anunciou a abertura de inquérito.

Edmilson Tavares contou à RSTP que tudo aconteceu quando saia da sua residência para a festa de “noite jovem” na localidade, após ser interpelado pelo agente, se teria agredido o seu cão.

O senhor chamou-me e perguntou se que dei o cão do senhor com pedra e eu disse que não, e [o agente] me deu com bala […] nunca tive problema com o senhor, nem com nenhum agente”, disse o jovem à RSTP.

Quando eu estive no chão por todo tempo a perder sangue, nem para a ambulância o senhor ligou. Motoqueiro que estava a passar é que parou e me reconheceu bem e ligou para a ambulância para me resgatar”, contou a vítima.

O pai da vítima disse que já fez queixa no Ministério Público e espera que justiça seja feita.

É triste a situação e eu peço ao governo e o país em geral que tomem medidas porque a situação em São Tomé está a tornar pior cada vez, então o governo é que tem que tomar medidas severas e grosseiras com as pessoas que tem esta atitude. S ele fez com meu filho, pode fazer com a outra pessoa”, apelou José António, o pai da vítima.

Contactado pela RSTP, o diretor da Polícia Judiciária disse que o agente em causa não foi suspenso, mas foi aberto um inquérito para averiguar os factos.

De acordo com relatório do inquérito interno vai se saber se há alguma matéria suficiente para abertura do processo disciplinar. Em relação ao processo crime nós aconselhamos a família a apresentar uma queixa e sei que já foi apresentado uma queixa no Ministério Público e é bom que seja assim para não dizerem que a PJ está a proteger o agente”, disse Wilsene Barros, em declarações à RSTP.

A Direção da Polícia Judiciária mandou abrir um inquérito com um prazo de três dias para o inquérito está pronto […] o agente não está suspenso, por enquanto, a não ser que no decorrer do processo disciplinar esteja composto isso”, acrescentou.

Wilsene Barros assegurou que a situação aconteceu fora de qualquer operação policial, admitindo que foi “um ato isolado do agente da Polícia Judiciária”.

Mas, contudo, apesar de ser um ato isolado, a Polícia Judiciária neste momento o que pode fazer é abrir um inquérito, inclusive já comuniquei a ministra da justiça, e ele por enquanto não está suspenso, mas pode vir a estar suspenso porque é uma das medidas que a própria lei determina que é a providencia cautelar durante o processo disciplinar, a suspensão do inspetor”, declarou Barros.

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