Sem apoio do Estado são-tomense, foi lançada uma campanha “Gofund Me” para angariar apoio para o professor e cantor são-tomense, Anastácio Ramos mais conhecido como “San Fantoma”, que quer seguir tratamento médico em Portugal, por causa de feridas que lhe têm causado deficiência em uma das pernas.
“Eu tenho um amigo de nome Djim, é chadiano residente em Londres, ele estava cá em São Tomé comigo e ele é que está fazendo esta campanha. É uma pessoa confiável, porque é alguém que convivia comigo normalmente aqui em São Tomé, de todas as vezes que ele vem, ele me procura, andávamos juntos e as vezes me apoiava em pequenas coisas aqui”, disse San Fantoma em entrevista à RSTP.
“Então ele é a pessoa que abriu esta campanha porque viu normalmente que eu necessito deste apoio e por questões de amizade então decidiu fazer isso que é para me apoiar, por isso que eu não desconfio tanto da pessoa, isto porque a pessoa também tem uma companhia aqui em São Tomé”, acrescentou o cantor.

O artista revelou que depois da primeira entrevista na RSTP, tornou-se mais conhecido e recebeu vários telefonemas de pessoas no exterior que manifestaram interesse em apoiar, mas lamentou o facto de ainda não ter atenção do próprio estado são-tomense.
“A cultura devia fazer alguma coisa para me apoiar, como outros [têm feito] e até então, a cultura não tem feito nada”, declarou.
“Depois da entrevista, muitas pessoas entraram em contacto, algumas pessoas pediram o número de conta [bancária] que é para ver se podiam apoiar com alguma coisa, porque eu falei em tratamento, e tenho a necessidade de seguir no exterior para um tratamento eficaz, mas até então não conseguir por falta de meios para este tratamento”, completou.
Anastácio Ramos que leciona na escola preparatória Patrice Lumumba, referiu que já fez pedidos para algumas instituições, como a Direção da Cultura, o Governo, empresários e pessoas de boa vontade para conseguir apoio para ir à Portugal, mas continua sem respostas positivas.
San Fantoma, é um dos vocalistas princi
pais do conjunto “Kua Nón”, agrupamento musical que nos últimos anos tem atraído os dançarinos de fim de semana em diversas atividades ao nível do país.
O autor da música “minha cumadre, cueza muito”, que foi uma das mais ouvidas em São Tomé e Príncipe em 2024, está a preparar novos trabalhos musicais, para continuar a bater o recorde em 2025.
A paixão pela música surgiu desde muito cedo, aos 17 anos de idade na Ilha do Príncipe, com influências de alguns grupos culturais, principalmente do extinto conjunto “África Verde”, que tinha na altura, como vocalista principal, o falecido Carlos Santos e depois o conhecido artista, Chico Paraíso que reside na Região Autónoma do Príncipe.

Mais tarde, após viajar para São Tomé para continuar os seus estudos, Anastácio Ramos ganhou mais gosto pela música e passou a integrar no extinto grupo “Multi-estilo”, onde teve a sua primeira atuação numa das atividades na capital do país, interpretando a música do artista camaronês Sam Fan Thomas intitulada “African Typic Collection”, de que é fã, na qual agradou ao público que passou a lhe chamar de “San Fantoma” são-tomense, nome que adotou no mundo da música.
Com passar dos tempos, integrou em vários agrupamentos musicais em São Tomé, como guitarrista, corista e depois como vocalista, com destaque para “Amissol, Rock Som, Sangazuza, Conjunto Santomense e Conjunto do Povo” e atualmente, vocalista do conjunto Kua Nón.
Em caso de apoio: +239 992 7622
Nº de Conta bancária: AfriLand First Bank: 01022370211-42
Link da campanha: HTTPS://gofund.me/f4508635
