O ministro da Saúde afirmou na segunda-feira, durante a celebração do Dia Mundial da Saúde, que São Tomé e Príncipe tem alcançado resultados positivos na matéria da saúde materna infantil, apesar de ter poucos profissionais da área em São Tomé e Príncipe.
“Nosso país tem poucas enfermeiras parteiras, poucos médicos obstetras, pouquíssimos pediatras, apesar disso temos tido bons resultados na matéria da saúde materna infantil e isso temos que valorizar”, afirmou Celso Matos, que mostrou-se ainda preocupado com o aumento das doenças não transmissíveis que têm afetado a população são-tomense.
O ministro da Saúde falava durante a feira da saúde organizada a colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS) este ano sob o lema “Começos Saudáveis, Futuros Esperançosos”.
“A gravidez na adolescência é uma gravidez de risco. Os familiares e amigos devem contribuir mais para que as nossas filhas, primas e manas não corram esse risco”, adiantou.
Celso Matos apelou à reflexão sobre “o aumento galopante das diabetes, das hipertensões arteriais, das doenças oncológicas” e também “tantos acidentes de viação” que têm sido registados o país.
“Há toda necessidade de rever o nosso modo de vida, o nosso estilo de vida. Se saímos daqui para uma localidade, num fim de semana, vamos perceber que grande parte dos nossos jovens estão se divertindo sentando a comer e beber, esta é a diversão. Isso tem de ser mudado, as pessoas têm de mudar a maneira de viver e de se divertir, podemos dançar e se divertir sem álcool”.
A OMS, através do seu representante para São Tomé e Príncipe, Abdoulaye Diarra, exortou ao Governo para intensificar os esforços, de forma a acabar com as mortes maternas e neonatais evitáveis e a dar prioridade à saúde e ao bem-estar das mulheres a longo prazo.
“Acreditamos que melhorar saúde materna, significa melhorar os direitos das mulheres e das raparigas para poderem planear as suas vidas e proteger a sua saúde. Investir na saúde das crianças e investir no seu futuro”, precisou Diarra, que reafirmou o compromisso da sua organização em “continuar a trabalhar lado a lado com o Governo de São Tomé e Príncipe para reforçar a saúde materna e infantil”.
“Juntos conseguiremos garantir o acesso a saúde de qualidade e promover o bem-estar para todas as idades”, acrescentou.
Durante a feira foram pouco mais de 500 cidadãos beneficiaram de consultas gratuitas, numa missão, em que estiveram envolvidos, médicos, enfermeiros, técnicos, auxiliares, na celebração desta mundial efeméride.
