O antigo primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada chefiou uma missão de observação eleitoral da União Africana (UA) às eleições presidenciais que decorreram, no sábado, no Gabão, onde cerca de 860.000 eleitores foram às urnas e elegeram Brice Oligui Nguema, com mais de 90% dos votos, segundo dados provisórios.
Numa publicação no facebook, Patrice Trovoada refere que durante a missão, encontrou-se com o Representante Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a África Central, com o ministro do Interior que é encarregue pelas eleições, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, o Tribunal Constitucional, a Alta Autoridade para a Comunicação Social e com o Mediador da República (Ombudsman).

Além disso, o ex-primeiro-ministro teve reuniões de informação com as outras missões de observação eleitoral, nomeadamente da CEEAC, chefiada pelo antigo primeiro-ministro do Chade, a Commonwealth, chefiada pelo antigo presidente das Seicheles, com a Francofonia e ainda com o grupo dos Embaixadores de vários países africanos acreditados no Gabão.
“Recebi também a única mulher candidata, encorajei-a e manifestei a necessidade de termos mais mulheres a concorrerem aos mais altos cargos políticos no futuro”, lê-se na página do ex-primeiro-ministro no facebook.
A Missão de Observação Eleitoral da União Africana, Chefiada por Patrice Trovoada, é composta por 50 elementos, incluindo o ex-Presidente do Burundi, Domitien Ndayizeye.
“Até ao momento em que faço esta publicação, o país está calmo e as condições parecem estar reunidas para que, contrariamente às eleições passadas, tenhamos um escrutínio apaziguado e credível. Mas amanhã será o dia da verdade”, lê-se na publicação feita na sexta-feira.

A Missão de Observação da União Africana integra membros de associações de parlamentos africanos, peritos eleitorais independentes, organizações da sociedade civil, entre outras instituições pan-africanas para 9 províncias do Gabão.
Segundo dados provisórios hoje divulgados o líder da junta militar do Gabão, Brice Oligui Nguema, à frente do país desde o golpe de Estado de 2023, venceu as eleições presidenciais de sábado, recolhendo mais de 90% dos votos.
Os resultados provisórios foram hoje divulgados pelo ministro do Interior, Hermann Immongault, em conferência de imprensa na capital, Libreville, noticia a Efe.
Oligui Nguema recolheu 90,35% dos votos, ficando à frente do segundo classificado, o antigo primeiro-ministro Alain-Claude Bilie-By-Nze, que reuniu 3,02% dos votos. Os outros seis candidatos não ultrapassaram a barreira do 1%.
As eleições formalizam constitucionalmente o fim da dinastia Bongo, que estava no poder desde 1967.
