O Movimento Basta através de um comunicado feito à comunicação social, pediu a realização de um debate parlamentar “urgente e alargado” sobre as conclusões do relatório da CEEAC, onde os peritos concluíram que “não existem provas sérias e convincentes” sobre uma tentativa de golpe de Estado, declarada pelas autoridades são-tomenses em 2022.
“[Iremos] orientar os deputados que representam o movimento BASTA na Assembleia Nacional a requererem nos termos constitucionais e regimentais um debate parlamentar urgente e alargado sobre as conclusões e recomendações do relatório da missão do peritos da CEEAC”, afirmou Salvador Ramos.
Após a apresentação pública do relatório da CEEAC feita pela ministra da Justiça, a comissão do partido diz que as conclusões obtidas no resultado confirma que “a tragédia de 25 de novembro de 2022 não foi uma tentativa de golpe de estado, mas sim uma encenação trágica, bárbara e uma armadilha premeditada visando silenciar opositores e figuras da sociedade civil consideradas incómodas pelo antigo primeiro ministro Patrice Emery Trovoada”.
“O relatório deixa a entender que houve uma tentativa de manipulação e instrumentalização das mulheres e dos homens que por dever e honra devem estar ao serviço dos cidadãos e da pátria e nunca do interesse políticos tendo como objetivo a perseguição de adversários políticos e a eliminação das figuras da oposição”, declarou.

O partido com dois assentos parlamentares apelou ao Presidente da República para que exerça a sua magistratura de influência para “assegurar a verdade e justiça” e disse esperar uma cooperação ativa do governo em todas as exigências judiciais “reconsiderando a instalação do tribunal militar para o julgamento deste caso específico”.
“[Apelamos] às instâncias competentes para que todos os implicados sejam julgados por um tribunal apto independente e capaz de garantir uma justiça justa, transparente e exemplar”, frisou Salvador Ramos.
Salvador Ramos afirmou que o seu partido está comprometido com a democracia, a justiça e o estado de direito e não se deixará intimidar por ações que têm como propósito silenciar e enfraquecer a atuação política do partido.