O jornal Téla Nón está a celebrar 25 anos de existência, enquanto o primeiro jornal digital de São Tomé e Príncipe, criado em 12 de julho de 2000, servindo de “janela para o mundo”, levando informações sobre a situação social, política, cultural, económica, desporto e outras que marcam o arquipélago.
Segundo o jornalista e diretor do Téla Nón, Abel Veiga, a criação do jornal foi incentivada, na altura, pelo então administrador delegado da Companhia Santomense de Telecomunicações (CST), Mamede Costa.
“Ele disse-me que acompanhava o meu trabalho e que era uma pessoa muito dedicada e me lançou um desafio, a criação em São Tomé de um diário digital. […] Eu propus que o jornal fosse para a rede a 12 de julho”, relatou Abel Veiga.
Em Entrevista à RSTP, Abel Veiga referiu que Téla Nón, que em português significa “Nossa Terra” tem procurado relatar o país ao mundo e levar os leitores a imergir na cultura são-tomense.
“O jornal entrou no ar para duas ou três pessoas cá em São Tomé que tinham acesso à internet e ao computador. A audiência e a acessibilidade começaram a crescer na diáspora […] o Téla Nón, surge como uma janela para o mundo”, disse.
“Batizamos o jornal com este nome “Téla Nón”, no princípio parecia pesado, mas com o passar do tempo passou a ser uma marca. […] Nós tratamos de todas as matérias, económicas, sociais, políticas, desporto”, afirmou.
Segundo o jornalista, os conflitos surgidos após a criação do jornal, desencadearam uma pressão social com o objetivo de paralisar o Téla Nón, que durante os 25 anos teve “muitos combates, muitas quedas, mas também de muitas vitórias”.
“O Téla Nón pelo batismo que teve não desligou da sua terra, continua com um foco, com matéria de informação de São Tomé e Príncipe”, acrescentou.
Veigas sublinhou o impacto da comunicação digital na propagação da informação assegurando que o jornal tem influenciado os decisores nacionais, devido ao seu alcance internacional.
“Nós (STP) dependemos quase 100% de fora, então essa janela digital levava São Tomé e Príncipe, os factos e as realidades à muita gente e instituições que nos suportam lá fora, e elas nos viam através desta janela e questionavam”, afirmou.
Abel ressaltou que é o segundo maior objetivo do Téla Nón é tornar-se também num jornal imprenso.
“Eu acredito que o jornal em papel tem vida, tem possibilidade de ter vida em São Tomé e Príncipe e o Téla Nón tem este propósito de ir ao papel”, revelou Abel Veiga.
Durante a entrevista o jornalista e diretor do Téla Nón, abordou os mais diversos assuntos relacionados a criação do jornal, o papel da imprensa como um meio de educação e promoção da verdade, e uma visão panorâmica da comunicação social em São Tomé e Príncipe.
“O compromisso com a verdade dos factos não agrada a todos e sempre provoca uma pressão”, frisou.