Uma jovem de 31 anos, residente em São Marçal vive em situação de “exclusão social”, com um filho menor de 8 anos, após ter sido atacada por uma “doença misteriosa” há três anos e que tem debilitado a sua saúde, chegando retirar-lhe quase completamente as forças nas pernas.
A jovem de nome Domingas Bragança pede ajuda para voltar a fazer exames médicos e recuperar a sua saúde para conseguir meios de sustentar a sua família, pois atualmente chega a passar fome.
Domingas Bragança, começou a ter alguns sintomas nos pés, chegando a fazer algumas consultas, mas não encontrou solução, e após parar de frequentar a igreja viu o seu problema a agudizar-se até a situação atual.
Em declarações à RSTP a jovem disse que tem vários exames recomendados pelos médicos, mas por falta de condições financeiras não os consegue fazer.
“Estou com análises para fazer, eu tenho chapa para fazer, eu não tenho como […] se é meu destino, estou a aguentar […] eu quero voltar a andar, e eu sei que Deus vai me ajudar, tenho fé. Eu tenho filho para criar sem ninguém, ainda eu não ando, é duro”, clamou.
Órfã de mãe e pai, a jovem que é desemprega disse não receber apoios de qualquer instituição, sobretudo, nem do “Programa Família” em que o Governo apoia as famílias vulneráveis.
“Governo está a fazer muito mal, quem tem condições, tem como trabalhar, tem saúde, está a receber esse dinheiro de família, quem precisa não está a receber […] eu não tenho nenhum apoio, não tenho nenhuma ajuda, não tenho nada, só tenho Deus, filho e meu marido, não tenho mais ninguém”, disse.
Domingas Bragança, vive dependente de alguns familiares, principalmente do seu companheiro que sobrevive apenas de agricultura e que apesar de algumas críticas assumiu a sua relação há dois anos e apoia a sua companheira.
Embora sem forças físicas, Domingas Bragança quer fazer alguma coisa para melhorar a sua saúde, ganhar algum rendimento e cuidar do seu filho que não está na escola por falta de condições financeiras.
“Ninguém de apoio pelo menos para dar-me uma mão ou falar com pessoa da CST para eu voltar a vender saldo. Em Santana aonde meu marido vive, não tem pessoa que vende saldo, eu tenho bancada, pelo menos eu com a minha bancada encostado consigo [algum rendimento]”, frisou.
Esta é mais uma história de uma família são-tomense em situação de vulnerabilidade social, que vive sem apoios ou acompanhamento das instituições competentes.