Tribunal condena a 25 anos de prisão o pai que abusou e engravidou a filha de 16 anos

Segundo Trigueiros a mãe tinha conhecimento do caso por ter presenciado várias vezes o ato, mas “preferiu não denunciar” e colocar-se de parte.

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O Tribunal são-tomense condenou hoje a pena máxima de 25 anos de prisão, o pai que abusou sexualmente de duas filhas menores, tendo engravidado uma que na altura tinha 15 anos, segundo a porta-voz da associação SOS mulher, que acompanha vítimas de violência sexual no país.

De acordo com Edmara Trigueiros “no decorrer do processo” foi descoberto que o homem além de abusar da filha mais velha, também abusava da filha mais nova desde os 9 anos (atualmente com 12).

Tanto a mais velha, como a mais nova começaram a ser abusadas pelo pai a partir dos seus 9 anos […] dado a vários crimes que ele cometeu, chegou-se a conclusão de que essa seria a pena indicada”, disse a porta-voz da organização.

Segundo Trigueiros a mãe tinha conhecimento do caso por ter presenciado várias vezes o ato, mas “preferiu não denunciar” e colocar-se de parte.

Estamos a falar de um caso que a menina hoje é mãe de um menino que é fruto do abuso que ela vinha sofrendo com o próprio pai”, pontuou.

O individuo também foi condenado por outros crimes, como portes de armas sem licença, crimes de invasão, violência psicológica, ofensas corporais, sempre contra a filha mais velha e no acúmulo das penas, só se conseguiu, infelizmente [aplicar] 25 anos, mas é a pena máxima que nós temos no país”, acrescentou Trigueiros admitindo que ainda assim “já é gratificante” para que todos vejam que “a justiça está sendo feita”.

Quanto ao caso da jovem de 16 anos que foi violada e asfixiada por vários abusadores na localidade de Pantufo e que se encontrava em estado vegetativo, Edmara Trigueiros revelou que a menina “já mostra sinais de melhorias e que se encontra em curso o processo de junta médica para ser evacuada” para Portugal para tratamentos médicos.

Segundo as informações que obtivermos ao nível do hospital é que se espera o aval de Portugal para poder evacuar a menina, mas notou-se algumas melhorias, fisicamente, ela já demonstra emoções, já sorri”, precisou a porta-voz da organização.

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