Delfim Neves diz que “o chefe do Governo é o chefe de equipa”

No seu comentário sobre a eventual remodelação do Governo, Delfim Neves disse que o primeiro-ministro “deve analisar e ver as peças todas se estão a funcionar como deve ser, porque o carro precisa funcionar em pleno”.

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DELFIM NEVES

O presidente da Assembleia Nacional e dirigente do segundo maior partido da coligação no Governo (PCD), Delfim Neves, desvalorizou, na segunda-feira, a discussão sobre a eventual remodelação governamental e defendeu que cabe ao primeiro-ministro avaliar e garantir que o executivo funcione em pleno.

As declarações de Delfim Neves foram expressas, após a sua primeira audiência com o Presidente da República, Carlos Vila Nova, depois de representar o chefe de Estado na cerimónia de posse do novo Presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, no passado dia 08.

O presidente da Assembleia Nacional de São Tomé e Príncipe comparou a remodelação governamental ao funcionamento mecânico das viaturas e defendeu que deve ser vista como um processo comum.

“A questão de remodelação do Governo não pode ser uma peça, como se fosse algo de anormal num país democrático. Isso decorre do funcionamento, ou se quisermos, do melhor funcionamento das instituições e o Governo faz parte deste grupo de pessoas que trabalham e que funcionam em prol do desenvolvimento do país”, explicou.

Enquanto dirigente do Partido de Convergência Democrática (PCD), uma das forças políticas que integram a coligação denominada ‘nova maioria’ no Governo são-santomense, Delfim Neves referiu: “Se as peças estão a engrenar, mantém-se, se as peças não estão a funcionar substitui-se”.

“Isto é um carreto de uma viatura, ela só anda bem quando os carretos estão bem engrenados, se não estiver engrenado é preciso levar à oficina e tratar, mas isso caberá naturalmente ao chefe do Governo fazê-lo”, defendeu o Presidente do Parlamento.

Questionado sobre se acha que as peças estão a funcionar bem, Delfim Neves remeteu a avaliação para o primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, também líder do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata (MLSTP-PSD).

“Cada um é como cada qual. O chefe do Governo é o chefe de equipa. Ele deve analisar e ver as peças todas se estão a funcionar como deve ser, porque o carro precisa funcionar em pleno. Portanto, é preciso ter uma equipa que funcione em pleno. A partir daí tiraremos as nossas ilações posteriores”, explicou.

O Presidente da República são-tomense, Carlos Vila Nova, disse, na quarta-feira, que a remodelação governamental anunciada pelo primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus, há mais de dois meses, tem criado expectativas a nível nacional e internacional, e aguardava a sua efetivação “o mais breve possível”.

Em reação a estas declarações o primeiro-ministro disse, no sábado, que a declaração do Presidente da República “pode ser um lembrete” e disse que o tema “está decidido”, sem precisar datas para a sua efetivação, nem se há consenso entre os três movimentos que formam a coligação governamental (MLSTP, PCD e coligação UDD/MDFM).

“Quando se fala da remodelação – e eu não quero aqui entrar em nenhuma polémica – nessas coisas há sempre gente que acha oportuno, há gente que acha que não, mas o chefe do Governo tem determinados objetivos a cumprir, fixou determinadas metas. Ele melhor do que ninguém conhece a equipa que tem e, naturalmente, em momento oportuno o fará, sem pressão”, disse Bom Jesus.

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