Fundo das Nações Unidas para a População destaca evolução da saúde materna em São Tomé

A diretora regional do FNUAP para a África Ocidental e Central prometeu que a organização vai continuar a apoiar São Tomé e Príncipe a melhorar os seus indicadores e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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Rádio Somos Todos Primos

São Tomé e Príncipe é o país da África Ocidental e Central “que mais tem evoluído” nos indicadores da saúde materna, afirmou hoje a diretora regional do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), que iniciou uma visita oficial de três dias ao arquipélago.

“São Tomé, olhando para o quadro dos nossos indicadores, é o país que está mais evoluído em termos dos indicadores da saúde materna que é o nosso trabalho, a saúde materna, a saúde dos jovens”, disse Matavel Piccin, no final do encontro com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Alberto Pereira.

É a primeira vez que um alto responsável regional do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) visita São Tomé e Príncipe desde que esta organização iniciou a assistência a São Tomé e Príncipe em 1985.

“Eu queria vir agradecer e encorajar o Governo pelo trabalho que está a fazer com o nosso escritório aqui pela saúde da mulher, a saúde sexual e reprodutiva que é uma parte muito importante para a mulher”, sublinhou Matavel Piccin.

A diretora regional do FNUAP para a África Ocidental e Central prometeu que a organização vai continuar a apoiar São Tomé e Príncipe a melhorar os seus indicadores e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

“Nós pensamos que São Tomé pode conseguir atingir os objetivos de desenvolvimento sustentável com um empurrãozinho mais, por isso era importante vir neste momento para dar esse ímpeto ao desenvolvimento da saúde materna”, sublinhou.

Para isso, Matavel Piccin admitiu que “pode haver investimento de capitais, mas também uma melhor racionalização dos recursos que já existem e também uma dinamização da contribuição de outros parceiros” com os quais vai se encontrar “porque nunca é possível um parceiro sozinho tomar conta de um setor”.

“É preciso que haja colaboração e às vezes é uma questão de racionalização e maximização dos recursos que existem, mas é verdade que vamos tentar dar um empurrãozinho financeiro também”, sublinhou a representante do FNUAP.

No entanto, a diretora regional do FNUAP mostrou-se preocupada com a problemática da gravidez na adolescência em São Tomé e Príncipe.

“Isso significa que o seu desenvolvimento e a sua participação na sociedade são interrompidas praticamente porque começam a tomar conta das crianças quando ainda crianças […] com o Ministério da Educação e com o Ministério da Saúde esperamos dinamizar ainda mais a educação à sexualidade e a saúde reprodutiva para que as meninas e os rapazes também conheçam melhor o seu corpo, saibam como tomar controlo de si e não sejam apanhados de surpresa por uma gravidez não planeada”, disse Matavel Piccin.

Segundo uma nota do FNUAP durante a visita de três dias, que termina no sábado, Matavel Piccin terá encontros com vários ministros são-tomenses fazendo “advocacia no sentido do engajamento dos parceiros nacionais na implementação do oitavo Programa de Cooperação entre São Tomé e Príncipe e o FNUAP recentemente aprovado que cobre o período 2023 a 2027, bem como o cumprimento dos Compromissos de Nairobi assumidos pelo país até 2030”.

“O programa visa aumentar as necessidades de planeamento familiar satisfeitas especialmente entre meninas e adolescentes, de 60 para 75% até 2027 e ajudar a reduzir a taxa de mortalidade materna de 130 para 70 mortes maternas por 100.000 nascidos vivos até 2030”, lê-se no documento.

A nota indica que “o orçamento do oitavo programa ultrapassa os 8 milhões de dólares [7,29 milhões de euros]”.

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