Ex-comandante e mais três bombeiros são-tomenses em prisão preventiva por invasão no MP

Embora o ex-comandante dos bombeiros não tivesse estado com a corporação na invasão, está a ser acusado por alegada autorização conferida aos seus subordinados.

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Quatro bombeiros são-tomenses, incluindo o ex-comandante da corporação Felisberto Bragança, estão em prisão preventiva desde sexta-feira, acusados no processo de invasão ao Ministério Público no qual foram libertados à força dois colegas que estavam detidos.

Segundo fontes judiciais, a tribunal fixou a caução de 120 mil dobras (4.890 euros) para o ex-comandante dos bombeiros e 30 mil (1.221 euros) para os outros três elementos, mas os mesmos não pagaram e por isso ficaram a aguardar o julgamento em prisão preventiva.

Há ainda um estagiário sob Termo de Identidade e Residência (TIR).

Em janeiro, dezenas de bombeiros protagonizaram um cerco às instalações do Ministério Público (MP) e libertaram à força dois colegas que estavam detidos sob indícios de participação no assassínio de uma mulher, que acusavam de prática de feitiçaria.

Alguns vídeos a que a Lusa teve acesso mostram várias viaturas de bombeiros com o som das sirenes ativadas e vários elementos da corporação no edifício do Ministério Público, situado atrás do Tribunal Constitucional e perto da Presidência da República, no centro da cidade.

Fonte judicial justificou a prisão preventiva por existirem os requisitos todos previstos na lei, sublinhando “o alarme social criado e que foram tidos em conta pelo juiz de instrução criminal”.

Embora o ex-comandante dos bombeiros não tivesse estado com a corporação na invasão, está a ser acusado por alegada autorização conferida aos seus subordinados.

“As viaturas para saírem da corporação precisam da autorização dele e essa autorização efetivamente foi dada. Há uma cadeia de comando, há uma hierarquia e ninguém sai de lá sem autorização”, sublinhou a fonte à RSTP.

De recordar que um dia após a invasão, o Governo são-tomense demitiu o comandante geral dos bombeiros e o seu adjunto, e ordenou uma comissão de inquérito independente para “apurar os factos”, assim como “as devidas responsabilidades dos envolvidos”, no prazo de 15 dias.

Os resultados do inquérito não foram tornados públicos até ao momento.

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