Suspensa greve na Agripalma após acordo para aumento de 15% do salário dos trabalhadores

Apesar de não conseguirem o aumento de 38% que exigiam inicialmente, o porta-voz dos trabalhadores considerou o acordo de “satisfatório”.

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Agripalma

Os trabalhadores da Agripalma, maior empresa de exportação de óleo de palma de São Tomé e Príncipe, suspenderam hoje a greve que durou mais de um mês, após a empresa aceitar o aumento do salário em 15%.

“A greve está suspensa porque, apesar de chegarmos a um acordo sobre o aumento do salário, existem outros prontos sobre as condições do trabalho que precisam de ser melhorados”, disse o presidente do sindicato dos trabalhadores da Agripalma, Amilcar Bonifácio.

Em declarações aos jornalistas, o líder sindical disse que foi criada uma comissão composta por técnicos da empresa, representantes dos trabalhadores e a Inspeção do Trabalho para fazer o acompanhamento da implementação do memorando assinado, sobretudo visando a melhoria das condições laborais.

Apesar de não conseguirem o aumento de 38% que exigiam inicialmente, o porta-voz dos trabalhadores considerou o acordo de “satisfatório”.

“Os trabalhadores já voltaram a trabalhar, concordámos com o aumento do salário e no futuro estamos disponíveis em continuar com o diálogo social para resolver todos os outros tipos de assuntos”, assegurou o diretor-geral da Agripalma, Nicolas Bergerot, após um encontro com o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada.

A Agripalma foi inaugurada em finais de 2019, anunciando a capacidade para produzir 10 mil toneladas anuais de óleo de palma num investimento de 30 milhões de euros da sociedade belga Socfinco, que emprega cerca de 800 trabalhadores.

Situa-se a cerca de 60 quilómetros a sul de São Tomé, capital do país, e tem uma área de 2.100 hectares de palmeiral plantados, tendo-se afirmado, a partir de 2020, como a maior exportadora, com cerca de 4.900 toneladas de óleo de palma, superando a exportação do cacau.

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