Jornalistas são-tomenses concluem formação sobre “Jornalismo Investigativo e Digital”

A formação visou capacitar diversas instituições são-tomenses nas suas atividades em prol da expansão e construção da cobertura e da literacia digital dos cidadãos e profissionais de diferentes setores.

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Odjay Ceita

Dezenas de jornalistas e técnicos da comunicação social são-tomense, foram capacitados durante 5 dias (1 – 5 de abril) numa formação sobre o “Jornalismo Investigativo e Digital”, promovida pelo Sindicato e a Associação dos Jornalistas são-tomenses, com o financiamento da embaixada dos Estados Unidos da América.

“Um jornalismo independente e responsável, desempenha um papel fundamental ao fornecer informações precisas e transparentes sobre as ações do governo, políticas públicas e questões sociais relevantes”, sublinhou o representante da Embaixada dos EUA para Angola e São Tomé e Príncipe, Phil Nelo.

Segundo Phill Nelo “o governo dos Estados Unidos acredita que uma imprensa livre constitui uma parte fundamental das sociedades abertas e democráticas” e “os jornalistas têm uma responsabilidade ainda maior de garantir que a verdade seja reportada, porque como defensores da verdade” os profissionais da comunicação social “são a primeira linha de defesa”.

O presidente da Associação dos Jornalistas de Santomenses, sublinhou que esta formação foi um investimento no conhecimento para cada profissional da área, tendo lamentando, o mau funcionamento da lei da função pública que tem sido uma situação preocupante para os jornalistas são-tomenses.

Juvenal Rodrigues referiu que “há uma mentalidade burocrática tão forte no âmbito da administração pública” que tem complicado a situação da classe “sobretudo em diversos setores”.

Juvenal Rodrigues apontou alguns desafios que os profissionais da comunicação social são-tomense enfrentam, e apelou aos mesmos que coloquem em prática os conhecimentos adquiridos.

“Recuperar a credibilidade da nossa profissão e isso exige unidade, unidade para escancarar as portas das liberdades de imprensa e de expressão, isso também exige responsabilidade”, precisou Rodrigues.

O secretário-geral da Organização dos Trabalhadores de STP, falou de alguns obstáculos que os jornalistas são-tomenses enfrentam, relativamente ao jornalismo investigativo.

“Um jornalismo de investigação tem que ter um bom salário, não pode andar de mão estendida, e por aí, já é um obstáculo muito grande. Outra questão, é a independência. Nossa comunicação social, os jornalistas não são independentes” apontou João Tavares, na cerimónia da entrega dos certificados aos formandos.

A porta-voz dos formandos, Roberta Lisandra considerou que “a formação de jornalismo de investigação, não é uma formação como qualquer outra”, mas sim “uma formação vista como instrumento ou ferramentas para a defesa da democracia e a garantia da liberdade, justiça e paz”.

A formação decorreu na sala de conferências da Rádio Jubilar, em São Tomé, e foi ministrada por dois jornalistas internacionais contratados pela Embaixada dos EUA para Angola e São Tomé e Príncipe, nomeadamente, Eduardo Cue, e Mayra Fernandes, que participou de forma virtual a partir de Washington DC.

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