Governo aposta nas especialidades e quer assegurar serviços de saúde gratuitos aos mais necessitados

No ano passado, foi aprovado no país o Plano de Desenvolvimento Sanitário, bem como a Política Nacional da Saúde que define diretrizes para que São Tomé e Príncipe cumpra o objetivo e o princípio de universalidade, associabilidade, equidade e coesão no âmbito da saúde e bem-estar da população.

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UNICEF

Uma mãe durante a consulta no centro de Saude de Praia Gamboa.

O governo são-tomense está a postar na especialização de médicos no exterior e quer assegurar os serviços de saúde gratuitos para pessoas mais necessitadas, nomeadamente mulheres grávidas, crianças menores de 5 anos, idosos, bem como deficientes visuais, assegurou a ministra da saúde e dos direitos da mulher, Ângela Costa durante o Podcast das Nações Unidas.

“Nós já temos há muito tempo os decretos, então estamos mesmo a alertar aos nossos profissionais que estas pessoas terão direito a consulta e exames gratuitos, então estamos a apelar a todos os profissionais que comecem a cumprir essa orientação do governo”, disse Ângela Costa.

A ministra da Saúde reconheceu que existem vários desafios que têm condicionado os trabalhos dos profissionais da saúde, sobretudo no Hospital Manuel Quaresma Dias da Graça, na Ilha do Príncipe que não consegue assegurar o tratamento aos casos mais graves.

“Muitas vezes quando aparecem os casos temos sempre que fazer o translado para o Hospital Ayres de Menezes que é o único de referência que nós temos”, disse Ângela Costa, defendendo a necessidade se se “fortalecer as condições, tanto de recursos humanos como também os equipamentos para que alguns desses casos que são evacuados para se conseguir dar resposta mesmo na Ilha do Príncipe”.

A área de especialidade também é um dos grandes desafios, que segundo Ângela Costa precisa ser ultrapassado para diminuir o número de evacuação para o exterior.

“Já temos alguns médicos de especialidades na China, temos Marrocos, temos em Portugal, e estamos ainda em busca de mais recursos para enviarmos mais especialistas e já assim podemos também diminuir o número de evacuação para Portugal”, precisou Ângela Costa.

A ministra da saúde sublinhou que o governo com ajuda dos parceiros está a trabalhar para colmatar o problema de saúde no arquipélago, apostando na educação para a saúde.

“Hoje em dia há doenças que aparecem e têm muita influência com a mudança climática. Como forma de apostarmos na educação para saúde, estamos juntos ao Ministério da Educação [a ver] a possibilidade de nós colocarmos a Comunicação para Mudança de Comportamento dentro do currículo escolar”, anunciou.

No ano passado, foi aprovado no país o Plano de Desenvolvimento Sanitário, bem como a Política Nacional da Saúde que define diretrizes para que São Tomé e Príncipe cumpra o objetivo e o princípio de universalidade, associabilidade, equidade e coesão no âmbito da saúde e bem-estar da população.

“E para termos este bem-estar, temos que reforçar a capacidade do nosso sistema de saúde, vermos a questão do nosso recurso humano, as infraestruturas, então num todo, e o governo garante esse direito à saúde a nossa população”, completou.

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