O Grupo Demos apresentou na sexta-feira, 05 de Julho, na Casa das Artes, Criação, Ambiente e Utopias (CACAU), um monólogo intitulado “Uma página de Nós”, escrito pelo escritor são-tomense, Pedro Sequeira e protagonizado pela atriz são-tomense conhecida por ‘Saco de Boxe’ que retrata um pouco do quotidiano e da realidade do povo são-tomense.
A apresentação enquadra-se no âmbito da da X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe, alinhando-se com o tema da X Bienal “À (re)descoberta de Nós”.
Segundo a atriz “o monólogo é um dos géneros teatrais mais difíceis de se fazer”, pelo facto de ter que se “representar várias pessoas numa só peça”.
“Mas graças a Deus, tenho um grupo bem coeso, foi um trabalho em equipa, eu demonstrei aquilo que nós fazemos, a Saco de Boxe estava no palco, mas para que isso fosse possível houve muito trabalho do grupo todo”, disse a atriz são-tomense, Adozia Cristo, conhecida artisticamente por “Saco de Boxe”.
A apresentação da peça “Uma Página de Nós”, mereceu a atenção do público, sendo que alguns se identificaram com a peça.
“Fez-nos remontar aqueles tempos da nossa infância quando os nossos pais tentavam de tudo que é para nos deixar feliz, nos alimentar com sacrifício, então isso faz-nos remontar aquele tempo e também faz-nos refletir o que é a pobreza e também como vencê-la”, disse Edson Vilhete.

Celmira Trindade que também esteve presente na CACAU, considerou que “ultimamente têm se produzido coisas com qualidade” enaltecendo sobretudo a escrita das peças.
“Nota-se a qualidade na escrita da dramaturgia e a interpretação também começa a ter um nível muito bom e eu gosto muito, sempre que posso estou nas sextas do teatro sobretudo quando sei que é uma peça escrita pelo Pedro Sequeira [porque] já conheço minimamente o estilo dele, dá um outro animo aos assistentes”, sublinhou Celmira Trindade.
A X Bienal de Artes e Cultura de São Tomé e Príncipe decorre no país até 25 de julho, sob o lema “À (re)descoberta de Nós” – da História ao Património Comum, das Utopias ao Futuro” e conta com a participação de artistas e coletivos de mais de uma dezena de países, nomeadamente de Cabo Verde, Togo, Gabão, RDCongo, França, Portugal, Holanda, Angola, Senegal, São Tomé e Príncipe, Inglaterra e Brasil.
