China aposta na transformação de bambu para reduzir o uso de plásticos no planeta

O bambu-chinês é uma planta da família das gramíneas, nativa do Oriente, Sul da China, sendo que os detritos desta planta podem ser transformados em 35 mil toneladas de biocombustível, cujo valor de produção ultrapassa 10 milhões em uma só cidade.

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Floresta de BAMBU na China

O bambu-chinês é uma planta da família das gramíneas, nativa do Oriente, Sul da China, sendo que os detritos desta planta podem ser transformados em 35 mil toneladas de biocombustível, cujo valor de produção ultrapassa 10 milhões em uma só cidade.

Em 2022, a China e a Organização Internacional de Bambu e Rattan, lançaram conjuntamente a iniciativa “Bambu em vez de plástico” para promover a redução da poluição por plástico e combater as mudanças climáticas.

“Essa é a grande solução para a humanidade na questão dos plásticos. Então, Brasil e China podem sim colaborar perfeitamente para o desenvolvimento desta cadeia produtiva da substituição por produtos de bambu”, disse o presidente da associação brasileira de produtos de bambu que falou da possível parceria entre os dois países (China e Brasil) para a produção desta planta.

Na China, o bambuzal (área composta por uma grande quantidade de bambus) pode reduzir as emissões de carbono em 197 milhões de toneladas todos os anos.

Há cerca de 6 anos, um filme que foi gravado numa das vilas mais pobres da cidade de Ximping, usou o bambuzal como cenário que fez com que a população local descobrisse um meio para sair da pobreza e enriquecer.

“Em 2017 o diretor John Yeoh, filmou aqui uma cena do seu filme, desde então, as belezas naturais e o ambiente ecológico original de Zhangsibian tem sido conhecido entre mais pessoas”, disse o chefe da vila de Zhangsibian, Liu Nongzhang.

Com mais de 2 milhões de árvores no bambuzal de Zhangsibian e com cerca de 1,4 hectares, a taxa de cobertura florestal é de 90%.

“Esses bambus têm 22 metros de altura, a branda tem uma capacidade reprodutiva muito forte [e] pode aumentar em mais de 1 milhão a cada ano”, afirmou Liu Nongzhang.

Artesanato Chinês

Apoiando-se nos recursos abundantes de bambus, Zhangsibian encontrou um caminho de desenvolvimento orientado para turismo rural e para indústria verde.

Desde antiguidade, o dia-a-dia dos chineses está estreitamente ligado ao bambu. Com o crescimento rápido, esta planta é resistente e rápida e é amplamente utilizado na construção, na agricultura, na fabricação de imóveis e utensílios do dia-a-dia.

Contudo, por meio destes utensílios que era usado pelos chineses no cotidiano, a ternura, a flexibilidade e a fineza do bambu vem sendo consolidada, transmitida e inovada.

“Atualmente, 10 empresas trabalham com o processamento de bambu na vila [de Yanglousi] e a escala delas também é muito grande, seus aportes são superiores a 1,4 milhão de dólares americanos”, assegurou o chefe da vila de Yanglousi, Li Dingbo.

Duradouro, biodegradável e de fácil reprodução, o bambu possui vantagens insubstituíveis em relação a outros materiais, e é utlizado para a produção de garfos e colheres, na qual pode atingir 100 milhões, enquanto de pratos, 4 milhões, que são exportados muitas vezes para os Estados Unidos da América e a Europa, que são os principais destinos.

“Neste prato você pode ver as veias e as juntas de bambu [que] é mais ecológico e natural. Sua fabricação passa apenas por transformação física sem outras mudanças. Obtivermos também a certificação do sistema florestal internacional [e] isso quer dizer que a terra que gera matéria-prima dos produtos é manejada de forma técnica, o corte de bambu é realizado cientificamente sem abusos”, disse Bi Zhenghong, o gerente geral da empresa Huiyuan que fabrica artesanatos e utensílios de bambu para diferentes clientes em todo o mundo.

Talheres feito de BAMBU

O processamento de produtos derivados de bambu na vila de Yanglousi resulta anualmente em mais de 3 mil toneladas de resíduos, onde os restantes deste produto, são coletados pela empresa de energia de biomassa de Wantai, que as convertem em combustível verde que pode substituir o carvão, garantindo uma produção limpa de baixo carbono e zero emissão.

“[Os restos de bambus] podem ser usados nos sectores de medicina, saúde, vestuário, indústria química, bem como nesta secagem de cereais. É uma energia limpa [e] não tóxica e inofensiva que também pode ser reciclada”, precisou o vice-gerente geral da empresa de energia de biomassa de Wantai, Xiang Taibin.

Ao contrário das árvores, todos os bambus têm potencial para crescer a altura total e perímetro em uma única estação de crescimento de 3 a 4 meses.

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