Governo quer mais hortas para melhorar a sustentabilidade e qualidade das refeições escolares

A ministra da Educação assegurou que a aposta do governo em produtos locais “permite desenvolver cadeias de valores dos alimentos” na alimentação escolar em São Tomé e Príncipe.

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Rádio Somos Todos Primos

O governo são-tomense pretende expandir a alimentação escolar, apostando na criação de mais hortas escolares, para melhorar a educação alimentar e nutricional, e assegurar a sustentabilidade e qualidade das refeições oferecidas nas escolas para mais de 50 mil crianças.

Isabel Abreu que falava na cerimónia do 9º Dia Africano da Alimentação Escolar sob o lema “Investir na alimentação escolar caseira para transformar sistemas educativos para um futuro inclusivo e próspero do continente africano” disse que as refeições escolares atualmente “constituem a maior rede de segurança alimentar do país, atingindo cerca de 50 mil alunos que correspondem a ¼ da população são-tomense.

“As crianças primeiro constituem para nós um dos objetivos primordiais da nossa governação, por isso, [nós estamos empenhados] em expandir o alcance da alimentação escolar [em São Tomé e Príncipe] até 2030”, afirmou Isabel Abreu.

A tutelar da pasta da educação assegurou que a aposta do governo em produtos locais “permite desenvolver cadeias de valores dos alimentos” na alimentação escolar em São Tomé e Príncipe.

“Independentemente dos ganhos previstos para produtores e os vendedores, pode se verificar ganhos por parte das crianças, uma vez que passam a consumir produtos locais mais nutritivos, essenciais para o seu desenvolvimento cognitivo, físico e mental, construindo significativamente na sua aprendizagem e consequentemente na melhoria dos indicadores de sucesso escolar”, disse.

Para que isso aconteça, a ministra da educação referiu que “é necessário o incentivo para a criação, reativação e o reforço da implementação das hortas escolares em São Tomé e Príncipe, como sendo um instrumento de educação alimentar, nutricional que visa assegurar a sustentabilidade e qualidade das refeições escolares, através de produção local com envolvimento da comunidade”.

Isabel Abreu afirmou que “o governo e os seus parceiros, principalmente o PAM, investiram num reforço contínuo de capacidade de programa” onde realizaram dois exercícios, nomeadamente, ´Saber SS` em 2016 e 2021.

“O resultado do recente ´Saber SS` e o relatório da análise custo benefício do programa levaram a revisão da lei do programa da alimentação escolar”, precisou a ministra.

O Encarregado do Escritório do PAM em São Tomé e Príncipe, Leon Victor Mushumba, afirmou que vai continuar “a apoiar o governo são-tomense nos próximos anos para investir num programa sustentável de alimentação escolar baseado em produtos locais frescos e saudáveis”.

Victor Mushumba destacou ainda três importantes compromissos que foram assumidos entre o governo são-tomense e o PAM no âmbito de aplicação para a alimentação escolar, de forma “a promover a produção e consumo de alimentação locais”, nomeadamente, “o apetrechamento e melhoria das cantinas dos estabelecimentos escolares, a maior articulação entre os diferentes sectores ligados a alimentação, nutrição e saúde”.

“Desta forma, gostaria de relembrar o impacto da alimentação escolar na economia local, na saúde, na nutrição e na promoção da igualdade de género […] a aquisição de alimentos dos produtos locais apoia o crescimento económico e reforça o sistema alimentar em outras comunidades”, referiu o encarregado do escritório do PAM em São Tomé e Príncipe.

A celebração do 9º Dia Africano da Alimentação Escolar aconteceu no Instituto Guimarães Rosa, em São Tomé marcado por um atelier reflexivo sobre a sustentabilidade do PNASE envolvendo o Ministério da Educação, Cultura e Ciências, os parceiros do PNASE, crianças beneficiárias da cantina escolar de diferentes escolas,.

Anualmente o PNASE serve 8.777.340 milhões de refeições a cerca de 50 mil crianças de todo o país.

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